Saiba como atenuar o receio que muitos pacientes tem do dentista.<\/strong><\/p>\n

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Ir ao dentista est\u00e1 longe de ser um bicho de sete cabe\u00e7as. Mas, muitas pessoas s\u00f3 de pensar em ir a um consult\u00f3rio odontol\u00f3gico j\u00e1 entrem em p\u00e2nico. Eo que fazer para amenizar esse trauma? Para a cirurgi\u00e3 dentista, Dra. Luciana C. Gratt\u00e3o, a primeira consulta \u00e9 de fundamental import\u00e2ncia. \u201c\u00c8 neste momento que o paciente tem que sentir confian\u00e7a na cl\u00ednica, no profissional e na apresenta\u00e7\u00e3o do tratamento a ser realizado. A confian\u00e7a \u00e9 a base da seguran\u00e7a\u201d, afirma. O cirurgi\u00e3o dentista, Dr. Diego R. dos Santos, concorda que a confian\u00e7a do paciente no profissional \u00e9 fundamental para a realiza\u00e7\u00e3o do tratamento. \u201cO primeiro passo para atenuar a odontofobia (medo de dentista ou cirurgia odontol\u00f3gica) \u00e9 uma conversa descontra\u00edda com o paciente a fim de esclarec\u00ea-lo sobre o tratamento e\u00a0fazer com que este crie um vinculo de confian\u00e7a com o profissional. Em alguns casos a fobia \u00e9 t\u00e3o exacerbada que \u00e9 indicado um tratamento simult\u00e2neo com psic\u00f3logo ou psiquiatra, para\u00a0abrandar o trauma do paciente\u201d, declara Diego.
\nA principal origem do medo de dentista, muitas vezes, est\u00e1 associada a transmiss\u00e3o do medo de pais para filhos, atrav\u00e9s de acompanhamento de casos traum\u00e1ticos ou pelo que ouviram falar. \u201cPor isso, os pais devem transmitir aos seus filhos\u00a0que o dentista tem o objetivo de ajud\u00e1-los e que o tratamento \u00e9 tranq\u00fcilo\u201d, ressalta o cirurgi\u00e3o dentista. Luciana diz que os pais sempre tem que associar o tratamento odontol\u00f3gico a algo beneficioso, que traga bem estar. Dizer que o dentista \u00e9 amigo da crian\u00e7a, que ele tira o bichinho e deixa a boca bonita.<\/p>\n

Muitos pais usam a imagem do dentista como amea\u00e7a para que o filho se comporte e obede\u00e7a. O que ser\u00e1 que os profissionais acham dessa estrat\u00e9gia? \u201cEste \u00e9 um dos principais erros dos pais, pois desta maneira associam a imagem do cirurgi\u00e3o dentista a um castigo ou pena aos seus maus comportamentos, sendo que a imagem a ser repassada a eles deve ser a mais real poss\u00edvel, onde o profissional deve ser visto como um aliado e amigo da crian\u00e7a\u201d, salienta Diego. Para Luciana, essa estrat\u00e9gia \u00e9 a pior que pode haver. \u201cNo dia-a-dia da cl\u00ednica observamos pais que levam junto crian\u00e7as e dizem: \u2018fique quietinho se n\u00e3o te levo l\u00e1 dentro e te coloco uma inje\u00e7\u00e3o\u2019. Esse tipo de coment\u00e1rio j\u00e1 cria uma imagem negativa na crian\u00e7a, e o dia que precisam tratar uma emerg\u00eancia vai ser uma crian\u00e7a problema. Outro coment\u00e1rio comum em casa \u00e9 \u2018vai escovar os dentes porque se n\u00e3o vai ter que ir ao dentista e vai levar uma anestesia\u2019, s\u00e3o coment\u00e1rios que devem ser sempre evitados\u201d, afirma ela.<\/p>\n

Oferecer presentes \u00e0 crian\u00e7a para ir ao dentista tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 conveniente. Segundo o cirurgi\u00e3o dentista, esta atitude remete que para ganhar o presente ela dever\u00e1 fazer este esfor\u00e7o de ir ao dentista. No entanto, sua visita ao profissional deve ser conduzida com a maior naturalidade poss\u00edvel e n\u00e3o como um esfor\u00e7o extraordin\u00e1rio que o recompensar\u00e1 atrav\u00e9s de presentes. \u201cOutra frase que jamais deve ser dita a crian\u00e7a \u00e9 que \u2018n\u00e3o d\u00f3i nada\u2019, pois a palavra dor j\u00e1 alerta a crian\u00e7a que algo desconfort\u00e1vel ou at\u00e9 dolorido ocorrer\u00e1 e assim ela ficar\u00e1 com receio do profissional\u201d, lembra Diego.
\nO trauma ao dentista pode ter in\u00edcio na inf\u00e2ncia e prosseguir at\u00e9 a fase adulta ou come\u00e7ar na fase adulta, podendo ser causado, at\u00e9 mesmo, pela atua\u00e7\u00e3o inadequada do profissional. \u201cO trauma sofrido por uma m\u00e1 atua\u00e7\u00e3o profissional \u00e9 muito mais marcante ao paciente. Ele vai armazenar como uma mem\u00f3ria de mal estar levando sempre a impress\u00e3o que vai sofrer em um novo tratamento, tornando-se mais dif\u00edcil de retomar a sua confian\u00e7a\u201d, diz Luciana. Assim, o di\u00e1logo explicativo sobre o tratamento com o paciente \u00e9 imprescind\u00edvel. \u201cQuando o paciente \u00e9 esclarecido previamente sobre o tratamento e eventuais riscos de maneira sincera pelo profissional, dificilmente este sofrer\u00e1 algum tipo de trauma emocional, pois estar\u00e1 consciente de como ser\u00e1 realizado o tratamento\u201d, considera Diego.<\/p>\n

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\u00a0O que o profissional deve fazer para amenizar a tens\u00e3o do paciente?<\/strong><\/p>\n

Na opini\u00e3o do cirurgi\u00e3o dentista, inicialmente o profissional deve dialogar com o paciente sobre o tratamento e inclusive sobre o seu trauma, tentando detectar a origem do mesmo para assim tentar ameniz\u00e1-lo. \u201cEste vinculo de confian\u00e7a deve ser a base de relacionamento entre profissional e paciente\u201d, ressalva.<\/p>\n

O medo ou trauma demasiado acaba atrapalhando na realiza\u00e7\u00e3o do tratamento. \u201cCaso o dentista sinta a tens\u00e3o inicial maior que o normal, a aten\u00e7\u00e3o deve ser redobrada. O di\u00e1logo \u00e9 fundamental e sempre contar a verdade do que vai ser realizado. Por exemplo, uma crian\u00e7a que vai ser anestesiada por mais que receba a anestesia t\u00f3pica antes da inje\u00e7\u00e3o (pomadinha) tem que explicar que vai sentir uma picadinha. Nunca dizer que n\u00e3o vai sentir nada, porque caso sinta a confian\u00e7a \u00e9 perdida\u201d, pondera Luciana.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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