{"id":5507,"date":"2020-07-14T11:42:00","date_gmt":"2020-07-14T14:42:00","guid":{"rendered":"https:\/\/www.maissauderevista.com.br\/?p=5507"},"modified":"2020-07-14T11:42:00","modified_gmt":"2020-07-14T14:42:00","slug":"violencia-contra-mulher-precisamos-discutir-o-assunto","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.maissauderevista.com.br\/bem-estar\/violencia-contra-mulher-precisamos-discutir-o-assunto\/","title":{"rendered":"Viol\u00eancia contra a mulher: precisamos discutir o assunto"},"content":{"rendered":"

Em Guarapuava, a Secretaria Municipal de Pol\u00edticas P\u00fablicas para as Mulheres, atrav\u00e9s do Centro de Refer\u00eancia de Atendimento \u00e0 mulher em Situa\u00e7\u00e3o de Viol\u00eancia (CRAM) promovem de forma gratuita, atendimento social, psicol\u00f3gico e orienta\u00e7\u00e3o jur\u00eddica, para as mulheres sa\u00edrem da situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia<\/span><\/i><\/p>\n

A viol\u00eancia contra a mulher n\u00e3o \u00e9 somente agress\u00e3o f\u00edsica. Ela tamb\u00e9m pode ser psicol\u00f3gica, quando o agressor usa a chantagem; sexual, quando o mesmo realiza rela\u00e7\u00f5es contra a vontade; moral, onde se pregam xingamentos; e patrimonial, quando h\u00e1 perda de bens materiais.\u00a0<\/span><\/p>\n

De acordo com a psic\u00f3loga e Coordenadora do CRAM, Camila Grande da Silva Souza (CRP 08\/14265), se tratando de viol\u00eancia contra a mulher, Guarapuava \u00e9 refer\u00eancia no Estado, no atendimento \u00e0s mulheres em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia. \u201cO munic\u00edpio possui pessoas engajadas e que acreditam em pol\u00edticas p\u00fablicas para mulheres. Temos servi\u00e7os especializados para o Enfrentamento da Viol\u00eancia contra a Mulher, oferecendo gratuitamente trabalhos essenciais para as mulheres romperem com o ciclo da viol\u00eancia\u201d, afirma Camila.<\/span><\/p>\n

Segundo a Secret\u00e1ria Interina de Pol\u00edticas P\u00fablicas para Mulheres Andresa do Amaral, s\u00f3 nos quatro primeiros meses de 2020 a cidade registrou um aumento de 12,8% de boletins de ocorr\u00eancias decorrente da viol\u00eancia contra a mulher, em compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano passado. Muitos s\u00e3o os ind\u00edcios desse aumento pois, com a pandemia, as mulheres est\u00e3o procurando muito o nosso servi\u00e7o, j\u00e1 que contamos com o CRAM, que \u00e9 exclusivamente para atend\u00ea-las\u201d, relatou a Secret\u00e1ria.\u00a0<\/span><\/p>\n

O CRAM oferece atendimento social, psicol\u00f3gico e orienta\u00e7\u00e3o jur\u00eddica, de forma gratuita, \u00e0s mulheres em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia e algumas parcerias precisaram ser estabelecidas para que o servi\u00e7o do \u00f3rg\u00e3o atenda de maneira eficaz essas mulheres. \u201cTemos parceria com o 16\u00ba Batalh\u00e3o de Pol\u00edcia Militar, que nos envia diariamente, atrav\u00e9s da Patrulha Maria da Penha, os boletins de ocorr\u00eancias realizados atrav\u00e9s do 190. Assim, entramos em contato e oferecemos todo o suporte que a mulher necessita. Tamb\u00e9m recebemos das Varas Criminais da Comarca de Guarapuava, as medidas protetivas de urg\u00eancia, concedidas \u00e0s mulheres em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia, onde a Patrulha Maria da Penha realiza o monitoramento e acompanhamento dessas mulheres para verificar se o autor da viol\u00eancia est\u00e1 cumprindo com a determina\u00e7\u00e3o judicial e, tamb\u00e9m contamos com a Delegacia da Mulher, que tamb\u00e9m faz parte da Rede de Enfrentamento \u00e0 Viol\u00eancia contra a Mulher existente e atuante no Munic\u00edpio, assim como v\u00e1rios outros servi\u00e7os\u201d, relata Camila.\u00a0<\/span><\/p>\n

Liberte-se do agressor: procure ajuda!\u00a0<\/b><\/p>\n

Muitas vezes, vemos pessoas julgando o comportamento de mulheres. Por\u00e9m, s\u00f3 a mulher pode relatar com exatid\u00e3o o que passou ou tem passado ao lado do agressor. Por isso, a melhor maneira \u00e9 procurar ajuda. \u201cAs mulheres v\u00edtimas de viol\u00eancia precisam ter conhecimento de que elas n\u00e3o est\u00e3o sozinhas, que possuem equipamentos dispostos e especializados para auxili\u00e1-las no enfrentamento da viol\u00eancia, servi\u00e7os como o nosso, que s\u00e3o preparados para acolher de uma forma humanizada dando o total apoio e suporte para que se sintam seguras e amparadas\u201d, afirma a psic\u00f3loga.<\/span><\/p>\n

Outro fato que merece destaque \u00e9 que n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil para a mulher romper com o ciclo de viol\u00eancia, pois em v\u00e1rias situa\u00e7\u00f5es ela \u00e9 impedida como por exemplo, a depend\u00eancia financeira que se origina por meio da viol\u00eancia psicol\u00f3gica, a depend\u00eancia emocional pois o autor da viol\u00eancia dom\u00e9stica n\u00e3o \u00e9 um estranho e sim uma pessoa com quem a mulher possui uma rela\u00e7\u00e3o \u00edntima de afeto, como o marido, ex-marido, noivo, namorado, pai, irm\u00e3o, filho e outros.\u00a0<\/span><\/p>\n

O medo de sofrer viol\u00eancia torna-se ainda maior. \u201cPesquisas comprovam que o risco de feminic\u00eddio durante o processo de separa\u00e7\u00e3o \u00e9 maior, por isso, vemos a import\u00e2ncia da mulher em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia estar assistida por algum servi\u00e7o especializado, que possa lhe dar todo o aux\u00edlio necess\u00e1rio para que ela rompa o ciclo com seguran\u00e7a\u201d, salienta Camila.\u00a0<\/span><\/p>\n

A import\u00e2ncia do papel da fam\u00edlia<\/b><\/p>\n

A fam\u00edlia precisa ser o ponto de apoio, a base de mulheres que passam por viol\u00eancia. \u201cMuitas vezes, \u00e9 a fam\u00edlia que toma a iniciativa, que vem com a mulher, que ampara ela em outras cidades. As fam\u00edlias encontram a nossa p\u00e1gina e buscam ajuda e por isso, n\u00f3s temos todo um cuidado na abordagem que fazemos, para que a gente chegue na mulher sem ela entender que estamos invadindo ou a expondo diante do companheiro, sempre fazemos isso de uma maneira muito tranquila e sigilosa\u201d, afirma Andresa.\u00a0<\/span><\/p>\n

A rede de apoio, ou seja, filhos, pais, m\u00e3es, sogros, amigos, vizinhos e outros podem e devem auxiliar no ato da den\u00fancia. \u201cOs filhos, juntamente com as m\u00e3es, podem esquematizar um plano de seguran\u00e7a para quando ocorrer epis\u00f3dios de viol\u00eancia, combinando um sinal um com o outro, ou at\u00e9 mesmo com os vizinhos, para que auxiliem no momento da viol\u00eancia\u201d, ressalta a psic\u00f3loga.\u00a0<\/span><\/p>\n

Casa Abrigo\u00a0<\/b><\/p>\n

A Casa Abrigo foi fundada em 2015 e \u00e9 um servi\u00e7o de abrigamento tempor\u00e1rio, destinado as mulheres, a partir de 18 anos, que se encontram em risco iminente de morte, decorrente da viol\u00eancia dom\u00e9stica, acompanhadas ou n\u00e3o de seus filhos menores de idade.\u00a0<\/span><\/p>\n

\u201cO abrigo \u00e9 sigiloso e conta com seguran\u00e7a 24 horas. As mulheres t\u00eam acompanhamento jur\u00eddico, psicol\u00f3gico, profissionalizante e social at\u00e9 o momento de poderem ser reinseridas na cidade sem riscos de serem assassinadas\u201d, afirma a Secret\u00e1ria. De acordo com a Psic\u00f3loga e Coordenadora do CRAM, gra\u00e7as a Casa Abrigo, foi poss\u00edvel reduzir 52,4% o n\u00famero de feminic\u00eddios na regi\u00e3o de Guarapuava.\u00a0<\/span><\/p>\n

Outra op\u00e7\u00e3o para estas, \u00e9 o contato com fam\u00edlia ou parentes que moram em outras cidades ou estados. Se a fam\u00edlia quiser e tiver condi\u00e7\u00f5es de ajudar essa mulher, a Secretaria fornece a passagem ou deixa a mulher no destino que seja seguro e garanta condi\u00e7\u00f5es dignas para viver.\u00a0<\/span><\/p>\n

Projeto \u201cLei Maria da Penha nas Escolas\u201d<\/b><\/p>\n

Uma das m\u00e1ximas sobre a viol\u00eancia contra a mulher \u00e9 que a partir da educa\u00e7\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel mudar esse tipo de cen\u00e1rio. Foi assim que o projeto \u201cLei Maria da Penha nas Escolas\u201d foi criado.\u00a0<\/span><\/p>\n

O projeto foi uma iniciativa da Secretaria de Pol\u00edticas P\u00fablicas para as Mulheres, desenvolvido em parceria com a Unicentro, Nunape e o Centro Universit\u00e1rio Campo Real, com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar no combate \u00e0 viol\u00eancia. Dividido em tr\u00eas etapas, visa atrav\u00e9s de conceitos como a igualdade e equidade mostrar que juntos \u00e9 poss\u00edvel combater e prevenir a viol\u00eancia contra a mulher. At\u00e9 o momento, o projeto est\u00e1 nos bairros com maiores \u00edndices de viol\u00eancia na cidade. \u201cEm um ano, foram atendidos 156 pais e respons\u00e1veis em c\u00edrculos restaurativos realizados pela equipe, 253 alunos nas oficinas e 86 servidores pedag\u00f3gicos.\u00a0<\/span><\/p>\n

Em briga de marido e mulher, meta a colher sim!\u00a0<\/b><\/p>\n

Se voc\u00ea conhece algu\u00e9m que passa por isso, ouviu ou presenciou algum tipo de viol\u00eancia, entre em contato com o CRAM \u2013 Centro de Refer\u00eancia de Atendimento \u00e0 Mulher em Situa\u00e7\u00e3o de Viol\u00eancia, o servi\u00e7o funciona em hor\u00e1rio comercial das 8hs \u00e0s 17hs de Segunda \u00e0 Sexta-Feira. Atualmente devido a pandemia do Covid-19, o \u00f3rg\u00e3o est\u00e1 atendendo em hor\u00e1rio diferenciado, atendimento presencial das 13 \u00e0s 17h, e atendimentos remotos como orienta\u00e7\u00f5es jur\u00eddicas, encaminhamentos sociais e atendimentos psicol\u00f3gicos via telefone, das 8h \u00e0s 17h de Segunda \u00e0 Sexta-feira.\u00a0<\/span><\/p>\n

A Delegacia da Mulher est\u00e1 atendendo das 14h \u00e0s 17h e o Poder Judici\u00e1rio tem expedido as medidas protetivas em 24 horas.\u00a0<\/span><\/p>\n

Os <\/span>demais atendimentos e d\u00favidas podem ser feitos no CRAM pelo telefone (42) 98405-6206 ou presencialmente no endere\u00e7o na Av. Moacir J\u00falio Silvestri, 1545 (Anexo a Secretaria da Mulher).<\/span><\/p>\n

\u00a0Em caso de emerg\u00eancias, tamb\u00e9m est\u00e3o dispon\u00edveis os n\u00fameros 190, da Pol\u00edcia Militar, 193 da Delegacia da Mulher e o 180 Central de Atendimento \u00e0 Mulher.<\/span><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Em Guarapuava, a Secretaria Municipal de Pol\u00edticas P\u00fablicas para as Mulheres, atrav\u00e9s do Centro de Refer\u00eancia de Atendimento \u00e0 mulher em Situa\u00e7\u00e3o de Viol\u00eancia (CRAM) promovem de forma gratuita, atendimento social, psicol\u00f3gico e orienta\u00e7\u00e3o jur\u00eddica, para as mulheres sa\u00edrem da situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia A viol\u00eancia contra a mulher n\u00e3o \u00e9 somente agress\u00e3o f\u00edsica. 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