Gra\u00e7as aos smartphones, as redes sociais est\u00e3o em todos os lugares, e segundo pesquisadores t\u00eam os mesmos efeitos que uma depend\u00eancia qu\u00edmica<\/i><\/p>\n

N\u00e3o adianta, o v\u00edcio em redes sociais \u00e9 uma realidade em nossos dias e tem impactos imposs\u00edveis de ignorar. Um dos primeiros estudos que revelaram a for\u00e7a dessa nova depend\u00eancia foi apresentado em fevereiro de 2012 pela Universidade de Chicago. Depois de acompanhar a rotina de checagem de atualiza\u00e7\u00f5es em redes sociais de 205 pessoas por sete dias, os pesquisadores conclu\u00edram que resistir \u00e0s tenta\u00e7\u00f5es do Facebook e do Twitter \u00e9 mais dif\u00edcil do que dizer n\u00e3o ao v\u00edcio do \u00e1lcool e do cigarro.<\/p>\n

Neste mundo digitalizado, essas ferramentas t\u00eam possibilitado a cria\u00e7\u00e3o de uma grande rede de relacionamentos online, mas afastaram e empobreceram os contatos presenciais. \u00c9 cada vez mais comum que se deixe a vida real pela que acontece a cada segundo dentro da tela do smartphone, do tablet, ou do computador. Essa cena se repete em dezenas de lugares p\u00fablicos por a\u00ed, seja no encontro de amigos em um bar ou no jantar com a fam\u00edlia, h\u00e1 sempre algu\u00e9m checando o celular e atualizando alguma rede social. Al\u00e9m de perder o que pode estar sendo uma conversa interessante, tamb\u00e9m se est\u00e1 deixando de curtir um bom momento junto das pessoas que gosta.<\/p>\n

Estar inserido em uma ou mais redes sociais \u00e9 normal, por\u00e9m, a partir de que momento o uso intensivo desses dispositivos passa a ser preocupante? De acordo com a psicopedagoga Solange Antunes de Lima, uma pessoa pode ser considerada viciada em redes sociais quando ela deixa de fazer as suas atividades di\u00e1rias pra ficar na frente do celular ou do computador.\u00a0 “Isso acaba atrapalhando e interferindo na vida real da pessoa, o que pode gerar conflitos emocionais consigo mesma no futuro”, explica.<\/p>\n

Entender as raz\u00f5es dessa compuls\u00e3o \u00e9 um desafio. Por que usamos tanto e, \u00e0s vezes, at\u00e9 preferimos esses canais para nos comunicar? Para a psicopedagoga, a falta de comunica\u00e7\u00e3o presencial, de socializa\u00e7\u00e3o e relacionamentos reais em nossa vida podem ser fatores que expliquem esse v\u00edcio.<\/p>\n

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A exposi\u00e7\u00e3o no mundo virtual <\/b><\/p>\n

Antes de viajar, \u00e9 feito um post no Facebook. Ao chegar na balada, \u00e9 feito um check-in no Foursquare. Antes de comer, a foto do prato \u00e9 postada no Instagram. A primeira coisa ao acordar: postar algo no Twitter. Essas s\u00e3o atitudes muito condizentes ao momento atual.<\/p>\n

Segundo Solange, a exposi\u00e7\u00e3o exagerada \u00e9 desnecess\u00e1ria e muitas vezes foge de nosso controle. Fato que pode ser exemplificado pelo caso de marcar algu\u00e9m na foto sem perguntar antes se pode. “\u00c0s vezes voc\u00ea nem gostou da foto, n\u00e3o saiu bem quanto a pessoa que tirou, e quando v\u00ea ela j\u00e1 est\u00e1 publicada para todos verem. Tua privacidade acaba sendo exposta de uma forma que voc\u00ea n\u00e3o queria que fosse. Isso \u00e9 um tanto quanto evasivo”, acentua.<\/p>\n

Ter um bom comportamento no mundo digital tamb\u00e9m \u00e9 importante, afinal \u00e9 a sua imagem que est\u00e1 ali. Muitas vezes, nossas a\u00e7\u00f5es nas redes sociais s\u00e3o intuitivas, mas \u00e9 importante parar um pouquinho para pensar antes de postar, compartilhar e curtir. O que voc\u00ea lan\u00e7a na rede revela suas cren\u00e7as, valores, preconceitos e pode criar muita saia justa. Por isso, tome muito cuidado com tudo o que voc\u00ea posta, pois al\u00e9m de evitar desgaste com os amigos, pode salv\u00e1-lo de problemas maiores.<\/p>\n

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As redes sociais na inf\u00e2ncia<\/b><\/p>\n

Com uma popularidade cada vez maior, as redes sociais chamam aten\u00e7\u00e3o at\u00e9 das crian\u00e7as, que mesmo com pouca idade desejam participar do mundo virtual. Segundo Solange, isso se torna um problema quando a crian\u00e7a deixa de ter uma vida saud\u00e1vel, de fazer outras atividades comuns nessa idade, como brincar, jogar futebol e andar de bicicleta pra ficar no computador. “Isso pode atrapalhar a vida da crian\u00e7a de uma forma geral, na quest\u00e3o corporal, na coordena\u00e7\u00e3o motora. Essa crian\u00e7a tem grande chances de ser sedent\u00e1ria e manter esse h\u00e1bito na vida adulta”, diz.<\/p>\n

Al\u00e9m disso, conforme a psicopedagoga, torna-se necess\u00e1rio pensar no cuidado que deve existir, dos pais ou respons\u00e1veis, para limitar e ensinar crian\u00e7as a navegarem de forma segura, diminuindo os riscos de situa\u00e7\u00f5es negativas que possam acontecer. Ela ainda ressalta que fazer acordo com os filhos sobre o uso da internet e estabelecer regras e hor\u00e1rios de uso s\u00e3o indispens\u00e1veis.<\/p>\n

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Por Camila Neumann<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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