Medicamento utilizado em tratamentos para problemas de sonos ganhou popularidade entre os jovens por seus efeitos colaterais. Veja os riscos que o uso inadvertido de zolpidem acarretam
Um medicamento controlado voltado para o tratamento da insônia ocasional, transitória ou crônica vem chamando a atenção da comunidade médica.
O zolpidem virou modinha nas redes sociais. São inúmeros os relatos usuários que compartilham episódios de alucinações, um dos possíveis efeitos colaterais.
As publicações costumam trazer também histórias de quem tomou o remédio e, ao invés de ir direto para cama como indica a bula, resolveu navegar na internet. O resultado? compras inusitadas e mensagens sem muito sentidos, entre outras coisas.
A princípio de cunho engraçado, os conteúdos acerca do uso de zolpidem podem ser perigosos, na medida que popularizam o fármaco e podem criar a ideia de um possível uso recreativo. O que deve ser descartado, já que a medicação é controlada, pode causar dependência, além de possuir uma gama de efeitos colaterais.
Como funcional o Zolpidem?
Ivete Gianfaldoni Gattás, psiquiatra e professora do curso de Medicina da Faculdade Santa Marcelina, explica que a fórmula atua aumentando a liberação do Ácido gama amino butírico. No organismo, a substancia também conhecida como GABA, desencadeia uma série de reações que ocasiona o efeito de sedação, seguido do sono.
A diferença é que isso tudo ocorre de maneira mais rápida do que o sono natural.
“Apesar desse beneficio, o Zolpidem pode viciar “Esse medicamento possui as ‘qualidades’ de dependência e tolerância, ou seja, ‘vicia’ e ao passar do tempo, você vai precisando de doses cada vez maiores para obter os mesmos efeitos”, adverte a psiquiatra
Quais são os riscos de usar Zolpidem sem indicação médica e por tempo prolongado?
A dependência física ligada a substância não é o único problema possível. Há também a dependência emocional, como explica a dra. Ivana.
Nesse cenário, os usuários passam crer que só conseguirão ter uma noite de sono completa se fizerem uso de zolpidem.
“Se o indivíduo ingerir o medicamento e não se deitar, aumenta o risco do ‘efeito adverso’ de sonambulismo e amnésia. Não vai registrar adequadamente seus atos, gerando a falta de lembrança deles.
Além disso, como relata a Dra. Ivana, outros efeitos colaterais do zolpidem incluem: sonambulismo, amnésia, levando ao risco de comportamentos inadequados e imprevistos.
Por fim, mas não menos grave, tem-se os efeitos da dependência química ao medicamento. “Pode levar a problemas de memória, de raciocínio e de atenção”, finaliza a médica.
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