Na continuação da nossa série de reportagens sobre a vacina de Covid-19 esclarecemos dúvidas sobre a segurança dos imunizantes
Veja mais: O início as campanhas de vacinação.
A vacina é segura
Boatos e brincadeiras circulam na internet de maneira livre e com pouco filtro por parte de quem as recebe, ou compartilha. Por isso, é comum ver os mais diversos tipos de medos nas pessoas, desde a implementação de um chip que exercerá funções de controle no vacinado, até a transformação em um jacaré.
Obviamente que os exageros citados não se sustentam sob nenhum aspecto. A Professora do Departamento de Enfermagem da Unicentro, Maria Lúcia Raimondo, explica que apenas vacinas com sua segurança comprovada são utilizadas e, no caso em questão, isso também é verdade. “A exemplo das demais, as da Covid-19 foram avaliadas por órgãos regulamentadores internacionais e nacionais. Baseado nisso e pelo que se observou até o momento, pode-se dizer que as vacinas que estão sendo utilizadas no Brasil são seguras e não apresentaram eventos adversos mais severos”, comenta.
A Folha informativa Covid-19, produzida pelo escritório da OPAS e da OMS no país, reforça o fato informado pela professora, e salienta que durante a fase de testes das vacinas aplicadas no Brasil não foram detectadas adversidades graves. Em geral, as aplicações podem provocar vermelhidão e dor local. Mais um sintoma é a febre baixa, esse exclusivo em casos raros. Salienta-se, ainda, que as reações leves costumam desaparecer em poucos dias.
Ainda sobre a vacina, a própria organização relembra que ela não tem a capacidade de causar a doença no sujeito que a recebe. “O vírus utilizado nas vacinas é inativado – ou seja, não está vivo. Dessa forma, não é possível que uma pessoa se infecte com a Covid-19 por causa da vacina”, explica o guia da entidade.
Se é segura, porque foi desenvolvida tão rápido?
Apesar da maioria das vacinas levar em média 10 anos para sua produção, a para o novo coronavírus teve uma agilidade ímpar em sua criação. Esse fato se dá, como lembra a OPAS, pela união dos esforços em conjunto de instituições, setor privado e pesquisadores mundo a fora. Além disso, a celeridade no processo se deve, também, a toda base de conhecimento desenvolvida ao passar dos anos.
A metodologia de desenvolvimento, inclusive, foi alterada. Um relatório publicado pela OMS indica que no caso da Covid-19, as fases de teste passaram a ocorrer simultaneamente, ao contrário da forma tradicional, em que cada etapa só começava após o termino da anterior. Na prática significa que os testes com pequenos, médios e grandes grupos ocorrem em paralelo, que garante menos tempo para ficar pronta, sem pular ciclos de testagem.
Amanhã você confere a terceira parte da série especial sobre a vacina para Covid-19.