Saiba como surgem as manchas e quando é preciso se preocupar.
A maioria das pessoas apresentam algum tipo de mancha ou sinal que a incomoda esteticamente ou traz alguma preocupação. As manchas podem aparecer em qualquer idade, e conforme a dermatologista, Dra. Renata Carrara Tavares, elas podem estar presentes desde o nascimento (congênitas) ou surgir posteriormente pelo estímulo solar, hormonal e genético, podendo ser hipercromicas (escuras) ou hipocromicas (claras ou brancas).
As manchas mais comuns são as solares as quais são divididas, segundo a dermatologista, em efélides (sardas), melanoses solares, que são as manchas acastanhadas pequenas em áreas foto expostas, como na face e no dorso das
mãos, e os nevos (pintas), manchas escuras que variam da tonalidade castanha clara a negras. Já as manchas claras mais freqüentes são as leucodermias solares, que aparecem principalmente nas pernas e braços, nevos (pintas brancas) como o nevo hipocrômicos e doenças inflamatórias que levam a manchas brancas como o vitiligo.
Em termos estéticos, uma das grandes queixas no consultório são o melasma e o cloasma, manchas escuras que surgem na face, principalmente de mulheres pós uso de anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal, pós gestacional e pela exposição solar. Para evitar o surgimento ou aumento deste tipo de mancha, segundo a Dra. Renata, é importante seguir alguns cuidados, de preferência desde a infância, como evitar a exposição demasiada e sem fotoproteção ao sol.
Quando é necessário se preocupar com uma pinta ou sinal na pele?
Dra. Renata – Sabemos que até mesmo lesões congênitas, que são aquelas que existem desde o nascimento, podem sofrer modificações ao longo do tempo e evoluir para um câncer de pele. Porém as que requerem maior cuidado são os nevos melanociticos de cor enegrecida, sendo importante o acompanhamento dermatológico para verificar alterações de cor, tamanho, bordos, sintomas como dor e prurido sobre uma pinta. Portanto , seja qual for o tipo de mancha é preciso consultar o médico para saber se é uma lesão de origem estética ou se é uma lesão que requer um tratamento mais rigoroso e até mesmo cirúrgico.
Quando retirar?
Dra. Renata – Quando uma pinta sofrer as alterações descritas acima, quando estiver sobre regiões em que sofra atrito constante, exemplo couro cabeludo, genitais , pés, etc, podendo inflamar com freqüência e isto levar a modificações celulares.
Manchas enegrecidas sobre lesões prévias ou de surgimento abrupto são alterações que chamam atenção e que podem significar malignização, sendo o melanoma o câncer cutâneo de maior gravidade, pois é metastatizante para outros órgãos. Para os nevos pode ser indicada a cirurgia convencional, a eletrocirurgia ou a criocirúrgia dependendo do
tipo de lesão e da localização.
No caso de melanoma, deve-se retirar a lesão com ampla margem de segurança, e variando o tipo e extensão de melanoma fazer a retirada cirúrgica de gânglios ao redor e terapia complementar com quimioterapia e radioterapia, sempre com acompanhamento da oncologia.
Existem cuidados e tratamento para melasma e melanoses solares?
Dra. Renata – Alguns cuidados são fundamentais para a prevenção de melasmas, entre eles, usar fotoprotetores tanto químicos, como os filtros solares que hoje existem para todos os tipos de pele, inclusive para as mais oleosas, quanto físicos, como bonés, chapéus, óculos com proteção UV. Pode ser indicado também, dependendo da situação do paciente, fotoprotetores orais com medicamentos como betacarotenos, picnogenol, entre outros.
O tratamento para o melasma consiste no uso de fórmulas dermatológicas clareadoras, peelings químicos, luz intensa pulsada e atualmente os lasers fracionados, que são menos agressivos que os lasers antigos e mais eficientes para manchas.
Manchas no dorso das mãos e no colo podem ser tratadas, por exemplo com peelings químicos, crioterapia, com o laser fracionado ou luz intensa pulsada.
