Necessidade de deixar tudo organizado para o futuro e pressões no trabalho para bater metas podem causar o Burnout
A passagem para um novo ano não só traz as festividades e o verão. É nessa época também que os números de Burnout mais crescem. Isso é consequência do aumento de responsabilidades, da sobrecarga de trabalho e do cansaço natural que essa época traz.
Indo além, o estresse causado pelo confinamento decorrente da pandemia, que gerou mudanças nas formas de trabalho, intensificando o uso de tecnologias e, consequentemente, o aumento nos expedientes, tem propiciado um crescimento no casos de Burnout no ano todo.
O que é Burnout?
A psicóloga Jaqueline Puquevis de Souza (CRP 08.08486) explica que a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é uma dificuldade emocional, com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico.
“Ele resulta do estresse crônico no local de trabalho. Se caracteriza pelas seguintes esferas: sentimentos de exaustão ou esgotamento de energia; distanciamento mental; sentimentos de negativismo relacionados ao trabalho e redução da eficácia profissional”.
Segundo a psicóloga, o Burnout apresenta:
Sintomas psicológicos do Burnout
- Cansaço físico e mental;
- Alterações no apetite como comer muito, ou não conseguir se alimentar;
- Insônia;
- Dificuldades de memória, atenção e concentração;
- Sentimentos de fracasso e insegurança;
- Negatividade constante;
- Sentimentos de derrota e desesperança;
- Irritabilidade.
Sintomas físicos do Burnout:
- Dores musculares ou osteomusculares;
- Baixa imunidade;
- Dores de cabeça;
- Problemas gastrointestinais;
- Fadiga;
- Taquicardia ou palpitações;
- Pressão alta.
“O tratamento é feito por meio de acompanhamento psicológico, o médico psiquiatra pode receitar medicamentos e auxiliar na mudança na mudança de hábitos e estratégias para retorno ao trabalho”, comenta Jaqueline.
Como evitar o Burnout?
Qualquer trabalhador pode desenvolver a síndrome após passar por situações extremamente exaustivas. Por isso, prestar atenção em como o corpo está se manifestando e nos seus hábitos de vida e profissionais é muito importante.
Para Jaqueline o ideal seria que as empresas investissem na promoção da saúde mental de seus trabalhadores, considerando a subjetividade.
“Mas existem atitudes individuais que já ajudam. Como a prática de atividades físicas saudáveis; cuidar do bem-estar e lazer; comunicar suas dificuldades; cuidar da ergonomia laboral; construção de relações institucionais horizontais e colaborativas”, finaliza.
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