Portadores de necessidades especiais mostram que, com o auxílio das próteses ortopédicas, é possível realizar tarefas cotidianas e praticar atividades físicas.

 

Melhorar a condição de vida e proporcionar a sensação de uma liberdade maior faz parte dos desígnios das próteses e órteses ortopédicas. “As próteses ortopédicas são aparelhos e/ou equipamentos que venham substituir qualquer parte do corpo humano como, por exemplo, pernas mecânicas, braços mecânicos, olhos de vidros. Já as órteses buscam corrigir ou sustentar alguma parte do corpo que esteja enferma, com indicação de palmilhas ortopédicas, coletes, tutores, talas, entre outros”, explica o fisioterapeuta, João Orlando Cabreira Neto.

As próteses são indicadas para pessoas que por algum motivo, seja traumático, congênito (desde a nascença) ou em decorrência de enfermidade, tem a ausência de algum membro. No caso de um cadeirante, se a situação for irreversível, segundo João Orlando, é recomendado uma cadeira de rodas mais leve e desmontável, bem como almofadas e colchões anti-escaras (feridas na pele acometidas por permanecer muito tempo na mesma posição). Contudo, a indicação do tipo de prótese depende do trauma sofrido. “Pode ser indicado muletas, andadores, cadeiras de rodas e até mesmo adaptações do leito e do banheiro, sendo este último indicado, não apenas para cadeirantes, também para pessoas idosas com perigos de quedas”, ressalta o profissional.

Todas as adaptações protéticas em relação ao cadeirante visam promover qualidade de vida e independência. “Isto ocorre na escolha de uma cadeira mais leve e desmontável ou até mesmo numa cadeira de rodas elétricas, adaptação do leito e do banheiro através de colocação de barras, elevadores de assento, cadeira de banho, colchões anti-escaras e também adaptações de carros, o que pode possibilitar uma locomoção mais rápida”, sugere o fisioterapeuta.

As próteses são feitas sob medida para cada pessoa. Já as órteses, podem ser sob medida ou não. Conforme João Orlando, o que muda um pouco são os modelos, que pode variar muito de marca para marca. Quanto à coloração pode ser padrão (cor próxima a da pele) ou customizada. “Hoje contamos com muletas rosas, por exemplo. Em relação as próteses, é muito comum que as pernas mecânicas recebem um detalhe pessoal do paciente, como, por exemplo, um grafite ou uma pintura, que além de deixar mais bonita ainda, ela fica personalizada e mais divertida”, observa o fisioterapeuta.
 A prótese responde aos impulsos nervosos?

 

Algumas próteses mais modernas, de acordo com João Orlando, captam o impulso nervoso do paciente e interpretam em movimento, ou seja, a pessoa tem a intenção de movimentar-se e o aparelho faz o movimento de uma forma ainda rudimentar. “Existem muitas pesquisas nesta área e alguns autores dizem que esse será o futuro das próteses”, completa.

Há também uma prótese que simula o andar de uma pessoa, mesmo que pareça ainda mais com um robô desajeitado. Porém, com esses desenvolvimentos é possível que no futuro pessoas que sofrem de paraplegia possam voltar a andar.
Prótese para atletas portadores de necessidades especiais

 

Há inúmeros tipos de próteses para atletas portadores de necessidades especiais, sendo muitas vezes próteses exclusivas para o tipo de modalidade que participa. “Com o fortalecimento das paraolimpíadas, nos últimos anos, principalmente do time brasileiro que chega até mesmo a ir melhor que a seleção olímpica “normal”, faz com que muitos jovens busquem no esporte a força para superar o trauma de alguma lesão”, declara o fisioterapeuta.

Nas Paraolimpíadas de Sidney, os meios de comunicação começaram a divulgar as atividades naturalmente e a sociedade começou a observar as pessoas com deficiência como verdadeiros guerreiros da superação.

Mais sorridente do que o normal, Daniel Dias, que no dia 20 de agosto bateu o recorde do 100m livre de natação, com 1m10s24, e conquistou oito ouros na paraolimpíada de natação, cumpriu seus objetivos e resumiu de forma simples a sua participação e do Brasil. “A competição foi muito boa para mim e para o Brasil, que continua mostrando evolução. Conquistas como as minhas e do André (companheiro de natação) mostram que nada é impossível”, disse.

 

 

Basquete de CadeiranteBasquetebol em Cadeira de Rodas

 

Essa modalidade é uma das poucas que esteve presente em todas as edições dos Jogos Paraolímpicos. Na categoria, as mulheres disputaram a primeira paraolimpíadaem Tel Aviv, em 1968. O basquete em cadeira de rodas foi a primeira modalidade paraolímpica a ser praticada no Brasil, em 1958.

A modalidade é praticada por atletas de ambos os sexos que tenham alguma deficiência físico-motora de acordo com as regras adaptadas da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF).

As cadeiras são adaptadas, padronizadas e previstasem regras. Acada dois toques na cadeira, o jogador deve quicar, passar ou arremessar a bola. As dimensões da quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete olímpico.

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