Levantamento aponta que quase um terço das mulheres não conhecem nenhum dos sintomas de câncer de mama. Por outro lado, o sinal mais conhecido é o caroço
O mês de outubro está terminando e com ele a campanha Outubro Rosa. Mas, o que não acaba nunca é a necessidade da conscientização a respeito da prevenção ao câncer de mama.
Também conhecida como neoplasia, a doença é caracterizada pelo crescimento de células cancerígenas na região mamaria. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse é o segundo tumor mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele, e o primeiro em letalidade.
Nesse cenário, estar atenta ao próprio corpo é fundamental para identificar mudanças que indiquem que algo está errado. Isso se deve principalmente porque a taxa de cura chega a 95% se a doença é descoberta em estágio inicial.
Todavia, segundo constatou o mais recente estudo da Famivita, 28% das mulheres não conhecem nenhum dos sintomas de câncer de mama. Esse número está presente principalmente entre as mulheres dos 18 aos 24 anos. Por comparação, quando se trata das mulheres dos 35 aos 39 anos, esse percentual cai para 14%. O percentual é ainda mais expressivo comparado às mulheres de 50 anos ou mais, com 11%.
Caroço é um dos sintomas de câncer de mama mais conhecido
Entre os sintomas de câncer de mama, o mais citado foi o caroço endurecido, fixo e indolor. 65% delas afirmou estar a par dessa questão.
A pesquisa constatou, ainda, que 43% das mulheres não sabem fazer o autoexame das mamas. Ou seja, desconhecem como proceder com a observação em frente ao espelho, palpando, de pé, a mama. Lembrando que o procedimento de palpação deve ser repetido, posteriormente, deitada.
Outro ponto interessante destacado é que entre quem está tentando engravidar, pelo menos 36% não sabe realizar o autoexame.
Indo além, 32% das mulheres sem filhos não conhece nenhum dos sintoma de câncer de mama. Já as que possuem filhos, o número é de 26%.
As informações por estado demonstraram que no Amapá é onde a maioria sabe fazer o exame das mamas. Outra informação importante conhecida pelas entrevistadas é que as mulheres devem proceder com a mamografia a partir dos 50 anos, a cada dois anos, ou seja que o exame deve virar rotina, conforme preconiza o Inca.
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Falando contra o preconceito
E um artigo científico publicado em setembro na revista Public Health in Pratice, intitulado Does Pink October Really Impact Breast Cancer Screening? (“O Outubro Rosa realmente causa impacto nas mamografias?” – em tradução livre), apontou os resultados da campanha de prevenção ao câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS).
O trabalho revelou que o número de mamografias aumenta em 33% em outubro. A incidência permanece em alta nos meses seguintes (39% em novembro e 22% em dezembro). O fato corrobora com a ideia de que as campanhas deveriam ser mais constantes, especialmente em nosso país, em que 40% dos casos só são diagnosticados em fase já avançada.
É muito importante falar sobre o câncer, especialmente se lembrarmos que no Brasil de 20 anos atrás, por exemplo, muita gente nem pronunciava essa palavra, tal era o medo que existia ao redor da doença.
Por todo preconceito que envolve a enfermidade, mesmo nos dias atuais, ainda há quem prefira esconder que tem, o que pode atrapalhar bastante o tratamento. Assim, iniciativas como o Outubro Rosa vêm ajudar, trazendo informações de qualidade para desmistificar a doença, afinal a taxa de cura chega a 95% se descoberto em estágio inicial.
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