O Mpox tem causado preocupação, no Brasil já houve a notificação de 709 casos confirmados ou prováveis da doença. Mas o que é o mpox, quais são os sintomas e como se prevenir e tratar da doença?
O Mpox é uma doença zoonótica viral, ou seja, em que o vírus é transmitido dos animais para os seres humanos. Porém, o contágio também acontece de pessoa para pessoa. Embora o vírus esteja presente há anos, a grande preocupação diz respeito à nova variante (clado 1b). “Ela é mais transmissível e apresenta maior taxa de casos moderados a graves. Assim como maior mortalidade em relação a variante responsável pelo surto de 2022 no Brasil. Além disso, essa variante está afetando principalmente as crianças”, afirma a infectologista, Vanessa Truda.
Sintomas da doença
Entre os sintomas mais frequentes estão erupções cutâneas, febre, linfonodomegalia, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Pode haver um número variável de lesões de pele que podem ocorrer em qualquer parte do corpo. Isso inclui as regiões genital e anal, e que podem ser levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado. Também podem formar crostas, que secam e caem. “O paciente pode notar os sinais e sintomas no período de 3 a 21 dias após o contato com o vírus. A transmissão da Mpox ocorre desde o surgimento dos primeiros sinais e sintomas até que todas as lesões na pele tenham cicatrizado completamente”, explica a médica.
A transmissão pode ocorrer pelo contato direto pessoa a pessoa, exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. O contato com erupções, lesões na pele e com fluidos corporais (como pus e sangue das lesões) de uma pessoa infectada é a principal forma de transmissão. “Também pode haver transmissão pelo contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos. Além disso, a transmissão também ocorre por alguns animais através de mordidas, arranhões e ingesta de carne”, complementa.
Prevenção da Mpox
A especialista ainda oferece algumas dicas importantes para se prevenir da doença, como evitar contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença e não compartilhar qualquer tipo de objeto pessoal, assim como higienizar bem as mãos, utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção caso o contato seja necessário e tomar a vacina. “Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato”, destaca.
De modo geral, a doença apresenta um período de incubação (de 3 a 21 dias), o tempo entre o contato e o surgimento dos primeiros sintomas. Há o período de início dos sintomas entre o 7º e o 17º dia após o contágio. Durante esses dias, é comum o paciente sentir febre alta, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e dor nos gânglios do pescoço, axilas e virilhas. Em seguida, vem o período do surgimento de lesões na pele, principalmente na cabeça, nariz, testa, mão, pé e genitais, que acontecem três dias após o início dos sintomas.
“Em alguns casos, pode ocorrer uma disseminação descontrolada vírus, provocando uma intensa resposta inflamatória e imunológica, com acometimento de órgãos e sistemas, podendo ocorrer o óbito”, alerta.