Com a ação, uma proteína especializada é liberada sendo importante para uma memória saudável. Especialistas dão outras dicas para evitar a perda de memória
Um estudo recente publicado no “The Journal of Physiology” afirma que apenas seis minutos diários de exercício de alta intensidade podem aumentar a vida útil do cérebro saudável e retardar a aparição de distúrbios neurodegenerativos, como Alzheimer e Parkinson.
A pesquisa aponta que a atividade física aumenta a produção de Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), uma proteína importante para aprendizado e memória. Além disso, a substância é capaz de proteger o cérebro do declínio cognitivo relacionado à idade.
A memória é a capacidade do cérebro de armazenar informações e sempre que necessário, acessá-las. Os tipos de memória são:
- curto e longo prazo;
- de trabalho;
- sensorial;
- verbal;
- episódica;
- semântica;
- processual.
Uma boa avaliação da memória deve ser feita por um médico neurologista, afirma a neurologista Aline Leite Duarte (CRM GO 13848), do Instituto de Neurologia de Goiânia. Esse levantamento deve incluir testes clínicos e avaliação dos sintomas e lembranças do paciente.
“Como referido, a avaliação da memória deve ser realizada por um profissional especialista – médico neurologista, com testes clínicos adequados, além de uma boa avaliação que vai desde os sintomas iniciais até o momento da observação clínica, realizado com base nas lembranças do paciente”, explica Aline.
Dicas de como trabalhar a memória
De acordo com a especialista, algumas atividades podem trabalhar a memória:
- caça-palavras
- jogos de memória
- palavras-cruzadas
- leitura
- aprender novos idiomas.
Mas um fator é crucial para melhorar a memória: a variação de estímulos cerebrais.
“Se eu fizer somente caça-palavras posso ter excelente desempenho neste exercício, porém não necessariamente, irá melhorar a memória”, explica a neurologista.
O sono profundo também é importante para a consolidação da memória. Por exemplo, segundo explica Aline, dormir logo após aprender algo novo aumenta a capacidade de memorizar tal informação.
“O sono profundo é importante para a consolidação da memória. Existem estudos que comprovam que o sono favorece a conexão entre os neurônios através das sinapses”, conclui.
Exercícios físicos e perda de memória
Além de todas essas atividades, o psiquiatra do Hospital Anchieta de Brasília Pedro Leopoldo (CRM: 11771-DF RQE Nº: 13625) comenta que há uma importante ligação entre exercícios físicos e memória
“Trabalhamos com dois conceitos: o exercício físico propriamente dito, que produz substâncias benéficas ao cérebro, e os chamados exercícios cognitivos que não precisam ser só exercícios, mas ocupações de lazer”, conta o médico.
Perda de memória x Alzheimer
O mal de Alzheimer é uma condição que é fortemente influenciada pela memória. Assim sendo, a doença é considerada um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal.
Ela se manifesta pela deterioração da memória cognitiva. Isto é, a perda gradual das capacidades para realizar atividades cotidianas e uma série de sintomas neuropsiquiátricos e comportamentais.
Os profissionais recomendam avalições neuropsicológicas, neurológicas e psiquiátricas para acompanhar os pacientes com Alzheimer, além de incluir atividades físicas na rotina, já que como vimos, há uma profunda ligação entre exercícios físicos e memória.
“A abordagem da psiquiatria é bastante cuidadosa porque precisa ser avaliado a presença de transtornos psiquiátricos, transtornos orgânicos, condições psicológicas, condições sociais e emocionais que podem estar presentes na rotina, na vida da pessoa que tem a doença”, conclui Leopoldo.
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