A principal forma de transmissão ocorre pelo contato sexual desprotegido
A sífilis é uma doença infecciosa, sexualmente transmissível, via sanguínea (por transfusão) ou transplacentária (gestação). Geralmente, a sífilis inicia com uma lesão ulcerada única que, quando não tratada, desaparece.
Contudo, se a sífilis não for diagnosticada e tratada, podem surgir outras lesões agrupadas em genitália, e ainda evoluir para outros órgãos. “A mulher que perceber uma lesão na vulva, deve procurar o(a) ginecologista o mais rápido possível para que consiga fazer o diagnóstico preciso”, alerta a médica ginecologista Alessandra Batista Junger Gavarrete (CRM 21394 PR).
As quatro etapas da doença:
- Sífilis primária: primeira à terceira semana após o contágio; presença de úlcera genital indolor e única chamada de cancro duro;
- Sífilis secundária: surge entre a sexta semana até o sexto mês após o contágio, com duração de até 12 semanas; presença de múltiplas lesões;
- Sífilis latente: não apresenta nenhum sintoma;
- Sífilis terciária: apresenta manifestações tardias, geralmente em pacientes que não tiveram o tratamento adequado nas outras fases; acomete pele, vísceras, sistema nervoso ou aparelho cardiovascular.
O diagnóstico da doença é feito pelos exames laboratoriais de VDRL E FTA-ABS. “Além disso, podemos fazer a detecção do agente etiológico na lesão em atividade”, comenta Alessandra.
Apesar da prevenção ser simples, com o uso de preservativo, a doença voltou a ser epidemia no Brasil em 2018. Segundo o Boletim Epidemiológico da Sífilis 2018, a taxa de detecção de pessoas que adquiriram foi de 58,1 para cada grupo de 100 mil no ano anterior a pesquisa. “As pessoas negligenciam o uso do preservativo. Hoje em dia há muitos métodos anticoncepcionais disponíveis e a mulher acredita que não precisa usar camisinha. Porém, sabemos que esta não previne só gestação, mas todas as doenças sexualmente transmissíveis. A falsa ideia de que ninguém mais tem sífilis também diminui a preocupação com a doença”, ressalta a ginecologista.