Médico: a profissão que salva vidas

Outubro é o mês dedicado aos médicos, que apesar das dificuldades do exercício diário da profissão, trabalham com amor

A todos os médicos, parabéns pelo seu dia!

Médico é o profissional que marca de alguma forma a vida das pessoas. Isso porque, além do diagnóstico de vários problemas relacionados à saúde, é o responsável por notícias boas, como a cura de uma doença, por exemplo. E no dia 18 de outubro, comemora-se em todo o país o dia do médico. O profissional que todos os dias se depara com situações distintas com um mesmo objetivo: melhorar a vida das pessoas.

Um médico, ao se especializar em determinada área, torna-se parte importante da vida de muitas pessoas. Por isso, medicina é um dos cursos mais desejados por jovens que estão buscando o acesso à universidade. O jovem médico André Luís Ribas de Abreu, especialista em Ortopedia e Traumatologia e Cirurgia da Mão, concluiu seus estudos em 2011, mas finalizou suas especializações apenas nesse ano. “Encontrei na medicina a possibilidade de realmente fazer diferença na vida das pessoas, de poder ajudar”.

Acho que todas as profissões têm que ser feitas por amor, caso contrário, você não está na profissão certa. E, além de ser por vocação, ela tem que ser com amor e dedicação.

Dr. André Luís Ribas de Abreu

A expectativa de iniciar uma carreira tão importante quanto a de médico é grande. “Busquei sempre a melhor formação possível, conheci várias áreas médicas para poder escolher a que eu mais tivesse afinidade. Na minha experiência, a graduação não prepara para o mercado de trabalho e isso é uma falha. Posso dizer que essas minhas expectativas na graduação se cumpriram na área profissional. Sou apaixonado pelo o que faço. Mas para graduandos, ainda há muito o que aprender fora da universidade”, alerta André Luís.

E, com o passar dos anos, as dificuldades podem aumentar ainda mais, como relata o médico Gilberto Saciloto. Com 42 anos de profissão, formou-se em 1976, fez sua residência médica em Pediatria em 1977 e 1978, obtendo o Título de Especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia Clínica. “Sempre me perguntam porque escolhi a medicina. Nunca encontrei uma resposta correta. Ter sucesso, prestar serviços, ou a influência dos médicos de família que nos atendiam, pode ser uma das respostas”, diz Gilberto. 

A medicina é uma profissão. Atenda as  pessoas com estima e dedicação. Mantenha-se atualizado. Mantenha seu pertencismo a comunidade. Tudo isso emana o sentimento amor, com certeza.

Dr. Gilberto Saciloto

E, para quem está pensando em escolher medicina como sua profissão diária, é preciso estar atento a alguns pontos, como trabalho intenso e horários fora do padrão. O estudante estará preparado para isso? A profissão lhe proporcionará um sustento adequado? Será executada com prazer? Além desses pontos, é necessário identificação e amor com o trabalho do dia a dia. “Em primeiro lugar, é preciso relacionar-se bem. Com o paciente em primeiro lugar, com colegas e com o público. Toda consulta, quer seja clínica ou cirúrgica, necessita de atenção e muito ‘ouvir’. Perceber o paciente em toda potencialidade, seja qual for o seu nível social e econômico. Medicina pertence a classe das profissões humanísticas, sendo fundamentalmente holística”, afirma Gilberto.

O médico ainda explica que há exagero nas perspectivas criadas durante a faculdade. “Não vejo culpa de ninguém nisso. Porém, o contato com múltiplas personalidades de professores, suas carreiras e sucessos geram expectativas não fundamentais, muitas vezes, por erros de interpretação. Este é mais um dever das faculdades em orientar. A pessoa precisa identificar-se com suas habilidades. Cada ser humano é único. Vá atrás, faça estágios durante a faculdade, dialogue com professores ou médicos”, explica Gilberto que há mais de 40 anos se preocupa com seus pacientes.

Os médicos Gilberto e André concordam que a realização profissional vem ao ver seus pacientes e familiares satisfeitos com o seu trabalho. “Não tem o que pague um sorriso no rosto”, afirma Gilberto. Já o ortopedista afirma que muitas coisas mudaram com os avanços tecnológicos na área da medicina, mas a essência é a mesma. “Nada substitui uma boa anamnese e um exame físico bem feito”, conclui André.

O alergista e Imunologista Gilberto, dá algumas dicas para os futuros médicos e recém formados na profissão:

• Sejam críticos, sem tornar-se arrogantes;
• Respeitem seus pacientes;
• Dialoguem com todos ao redor, peçam orientações;
• Nunca diga “sei tudo”, porque é uma profissão interminável de problemas e soluções.