Se você sofre com a incontinência, sabe como este mal pode ser constrangedor! Caracterizada pela falta de controle sob a urina, ou micção involuntária, a incontinência urinária atinge 10 milhões de brasileiros de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. Dentro deste número, se encontram todos os sexos e faixas etárias, apesar de mais comum entre as mulheres e idosos.
As características e efeitos da patologia podem variar. De acordo com a médica ginecologista Juliana Virmond, existem vários tipos de incontinência urinária (IU):
- Aos esforços: ocorre ao tossir, pular, espirrar, rir, entre outros;
- De urgência: é caracterizada pela incapacidade de segurar a micção quando tem vontade de urinar;
- Por bexiga hiperativa: perda de urina ao repouso;
- Por transbordamento: pelo enchimento extremo da bexiga, causando transbordamentos;
- Mista: Combinação de dois ou mais tipos.
Quais as causas?
Segundo Juliana, as principais causas são:
- Fraqueza de alguns músculos;
- Doenças que afetam os músculos ou nervos;
- Infecções urinárias ou vaginais;
- Efeitos colaterais de medicamentos;
- Constipação intestinal;
- Obstrução da uretra pelo aumento da próstata;
- Contração involuntária do músculo da bexiga.
“A incontinência urinária é um sintoma que costuma ser mais frequente nas mulheres devido sua anatomia do assoalho pélvico e aos “desgastes” referentes à gestação, mas pode ocorrer em homens também”, afirma.
Como resolver?
Existem várias maneiras de tratar o sintoma de IU, tudo dependerá do exame detalhado do paciente. Os tratamentos poderão ser clínicos (medicamentos), e/ou cirúrgico, dependendo da causa do sintoma. Mas caso você ainda não sofra deste mal, a médica indica algumas medidas que podem evitar o desenvolvimento, como:
- Se hidratar corretamente;
- Usar hormônios estrogênio tópico na pós-menopausa (cremes vaginais);
- Prática regular de exercícios físicos;
- Evitar o sobrepeso;
- Evitar o tabagismo;
- Evitar comidas e bebidas “estimulantes e irritantes” da bexiga, como cafeína, temperos condimentados, pimenta, tomates, chá preto, entre outros;
- Evitar “segurar o xixi”.
“O mais importante é saber que a perda de urina de maneira involuntária tem tratamento e o quanto antes procurar um médico, mais facilmente esse sintoma poderá ser tratado”, salienta Juliana.