O projeto Captação Assertiva faz com que doadores conheçam mais a fundo as atividades da rede hemepar. A ideia é que com o conhecimento adquirido possam impactar seus círculos sociais
Uma manhã dedicada a um mergulho no passado e no presente do Hemocentro de Guarapuava. É assim que pode ser definido o projeto Captação Assertiva.
Esta é uma novidade da organização para aumentar o conhecimento de seus doadores a respeito de seus processos. No final, é possível compreender como isso se traduz em vidas sendo salvas.
Durante a ação, pessoas que já são doadores de sangue participaram de palestras e puderam conhecer as estações de trabalho onde são processados e armazenados o sangue e seus hemocomponentes derivados, como plasma e plaquetas, por exemplo.
Entre os convocados para participar estão doadores de longa data. No grupo haviam pessoas com uma caminhada de mais de 20 anos, e outras que frequentaram o hemocentro algumas vezes.
A atividade, segundo explica o Diretor do Hemocentro Regional de Guarapuava, Fernando Guiné, tem vários objetivos. Porém, um que se destaca é proporcionar para o doador um esclarecimento sobre o que acontece por lá.
“Mostrar a complexidade do funcionamento de nossa unidade, inserida no contexto de rede que é o hemepar, do nosso estado, com 21 unidades, dando transparência ao nosso trabalho”, relata.
O intuito é que dessa forma seja possível também valorizar o serviço público.
“E demonstrar que com parcerias, com o entendimento e com a multiplicação dessas informações por parte dos doadores que são convidados, nós estaremos fortalecendo ainda mais essa rede”, complementa Guiné.
Captação Assertiva já rendeu resultados
O estudante Walesko Mazurechen, de 18 anos, foi ao hemocentro para acompanhar o irmão mais velho, que já é doador, e acabou participando das atividades do dia. Ele é um exemplo de como o convívio com doadores mais bem informados pode ser positivo.
Para ele, a visita foi importante para mudar a visão de algumas questões pré concebidas. “Nunca tinha vindo aqui, é a primeira vez e já cheguei aprendendo tantas coisas que para mim eram crenças e ideias que na verdade são bem diferentes”, revela o jovem.
Uma das necessidades apontadas para a criação do Captação Assertiva era desmistificar alguns aspectos que envolvem a doação de sangue. Dessa forma, se criam pessoas com consciência transfusional, que seriam capazes de comentar e discutir os diversos aspectos da coleta de sangue e produção de hemocomponentes com conhecimento aprimorado.
Criando o hábito da doação
Mas além de conhecer, um detalhe é fundamental, gerar a vontade e conscientizar a respeito da necessidade de doação.
“Com o fortalecimento dessa rede, estaremos provendo de hemocomponentes Guarapuava e toda nossa região, como também, muitas vezes, auxiliando e enviando para outras áreas do estado do Paraná”, destaca o diretor do Hemocentro de Guarapuava, Fernando Guiné.
E o próprio Walesko é exemplo que a multiplicação pretendida com o projeto. Isso se reflete tanto com o conhecimento, quanto na vontade de doar, deu certo.
“Pretendo me tornar doador, isso é um ato importantíssimo e que deveria ser até mais incentivado na sociedade. Quero começar a fazer essas doações e falar para amigos e pessoas próximas que também façam”, finaliza o estudante.
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