A adoção de hábitos de higiene e estar atento a eventuais sintomas podem representar uma grande ferramenta na prevenção de um dos problemas mais comuns na saúde pública: o câncer bucal. No Paraná, a doença é a 6ª neoplasia mais comum entre homens e a 16ª entre mulheres, de acordo com dados da secretaria estadual da Saúde (Sesa). Em média, o Estado registra 306 casos de câncer bucal por ano.
O mês de novembro destina-se à conscientização e prevenção da doença no Paraná. A iniciativa está prevista na Lei Estadual nº 19.868/2019. “Para inúmeras doenças, prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais no cuidado e tratamento”, afirma o secretário estadual da Saúde, César Neves.
Isso é ainda mais especial para o câncer bucal, em que a detecção ocorre muitas vezes de maneira tardia. Quando identificada precocemente, essa doença tem altas chances de cura, além de permitir tratamentos menos invasivos e melhores resultados para o paciente.
Prevenção
Hábitos como boa higiene bucal, evitar bebidas alcoólicas, não fumar e visitar regularmente o dentista são fundamentais para prevenir a doença. Além disso, a exposição solar excessiva sem proteção e a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) também estão entre os principais fatores de risco do câncer bucal.
Trabalhadores expostos ao sol, como agricultores e pescadores, devem tomar cuidados adicionais, como o uso de chapéus e protetor labial com filtro solar. Já a prevenção contra o HPV inclui a vacinação, disponível no SUS.
A rede pública de saúde oferece atendimento tanto preventivo quanto terapêutico. Entre os principais sintomas de câncer bucal estão o aparecimento de feridas na boca que persistam por mais de 15 dias. Incluindo também manchas brancas ou vermelhas, inchaço, assim como dor na língua e dificuldade para mastigar ou engolir. Diante de qualquer desses indícios, os especialistas recomendam a procura imediata do serviço de saúde mais próximo.
“É essencial se atentar aos sintomas iniciais para que a avaliação possa ser realizada por um profissional o quanto antes. Por isso, a conscientização é fundamental, uma vez que com a maior divulgação dessas informações, maior a possibilidade de o paciente buscar acesso à rede de saúde”, reforça a cirurgiã-dentista da Sesa, Carolina de Oliveira Azim Schiller.