O estilo de vida é decisivo para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como o infarto, mas, e o sexo, ele pode influenciar nessas disfunções?
Durante toda a nossa vida, desde o útero de nossas mães, nos mantemos vivos pelo bombeamento do nosso coração. O músculo, nutrido por oxigênio e glicose, nunca para. Através de cada batimento suas células recebem esses nutrientes.
Por isso, devemos cuidar muito bem e nutri-lo de maneira a garantir sua funcionalidade perfeita.
Um estilo de vida saudável é fundamental para a saúde desse órgão. Assim, podem ajudar:
- alimentação equilibrada
- tranquilidade
- atividades físicas
- lazer
Mas, não é o que acontece na maioria dos casos. Na prática, temos ritmos de vida acelerados, estressantes e ansiosos. Esse cenário é o que justifica a frequente ocorrência de problemas, como o infarto do miocárdio.
Como ocorre o infarto
O infarto do miocárdio, segundo o cardiologista José Carlos Cassoli, “é uma entidade clínica, sempre de extrema gravidade, que ocorre por obstrução de uma ou mais artérias chamadas coronárias, que levam nutrientes e oxigênio para o músculo cardíaco”.
Ou seja, é a deficiência na função das artérias que levam a glicose e o oxigênio até o coração.
Com essa obstrução é possível, além do infarto do miocárdio, sofrer de angina de peito. Neste caso, o cardiologista elenca como principais sintomas:
“Dores no peito, tipo ardência ou queimação, com dificuldade para ser localizada. Ela pode se irradiar para face interna do braço e para o pescoço, ou região mentoniana”.
Dor do infarto
A durabilidade dessa dor, também chamada de angordura, é de no máximo 30 minutos, e, como informa Cassoli, quando o sintoma é provocado por estresse, mudança de temperatura, ingestão de água gelada e afins, a doença é chamada de angina estável e, presumidamente, menos grave.
Já quando não há causa aparente para o surgimento, denomina-se angina instável ou pré-infarto, e a situação é classificada como séria, pois sinaliza a presença de sofrimento no músculo cardíaco.
No infarto clássico, de acordo com o médico, a dor ocorre aproximadamente por duas a três horas com melhora a seguir, mas, se não ocorrer morte de todas as células, a dor pode voltar logo após.
Já os sintomas ocorrem associados a queda da pressão arterial, náuseas, vômitos, fraqueza, cansaço, falta de ar e anorexia.
“Podem ocorrer infartos atípicos que, normalmente, por atingirem áreas menores ou ocorrerem em pessoas pouco sensíveis à dor, evoluem com alguns sintomas que não são inicialmente relacionados ao quadro grave sobre o qual falamos, como através da manifestação de mal-estar, ansiedade e desconforto no peito”, ressalta.
O infarto manifesta da mesma forma entre homens e mulheres?
O cardiologista informa que não.
“A principal diferença entre homens e mulheres é que a doença pode ocorrer em homens mais precocemente, pois as mulheres desenvolvem uma devida proteção nas células, graças a alguns hormônios femininos”.
Porém, quando o infarto se manifesta tardiamente, o risco é maior para as mulheres, pois assim como elas protegem as células através dos hormônios e fazem com que o risco seja tardio, os homens desenvolvem uma proteção chamada circulação colateral, que é quando “as artérias enviam ramos para nutrir áreas de sofrimento”, explica o cardiologista.
E é essa proteção que diminui os riscos fatais, menos frequente, portanto, nas mulheres. Além disso, as artérias femininas são mais finas se comparadas as dos homens e bombeiam até 10% mais rápido.
Em todo caso, a prática de hábitos de vida saudáveis garante vitalidade e bem-estar. Repense seu estilo de vida, reduza os carboidratos, evite alimentos gordurosos e o açúcar, invista em uma alimentação rica em fibras, e realize visitas ao cardiologista mantendo certa frequência.
Esses procedimentos contribuem para combater os fatores de risco cardiovascular, bem como outras afecções.