Quando o assunto é exame da próstata, exame que serve para diagnosticar o câncer prostático, neoplasia maligna mais comum no homem a partir dos 45 anos, ainda existe pré-conceito, afetando a saúde do órgão. “A recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é de que homens com mais de 45 anos realizem exames preventivos anuais e os que têm história familiar de câncer prostático, assim como os negros, a prevenção inicie aos 40 anos, em razão da maior incidência da doença nestes grupos”, afirma o urologista e membro da SBU, Marcelo de Campos Lima.
“O exame prostático, chamado de toque retal, é simples, rápido e indolor. Realizado durante a consulta médica, ele fornece informações preciosas sobre a saúde da glândula”, explica Campos. O preconceito acerca do exame, especialmente quanto ao pudor e virilidade masculina, retardam a possibilidade de diagnosticar doenças em fase inicial, quando a probabilidade do tratamento é sempre melhor.
A avaliação da próstata é completada com a dosagem de um exame de sangue, chamado PSA, que complementa, mas não substitui o toque da glândula. Segundo o urologista, diante da presença de sintomas miccionais, como jato urinário fraco, ardência e esforço para urinar, sensação de não esvaziar completamente a bexiga, levantar várias vezes a noite para urinar, dor nos testículos e na bacia, o paciente deve procurar a avaliação prostática.
O médico adianta que estão em estudos melhorias na avaliação do PSA, o qual em um futuro próximo, provavelmente, será capaz de diagnosticar sozinho os casos de câncer prostático. Mas, este avanço não substituirá o exame de toque retal que é necessário para avaliar a presença de nódulos e tamanho da próstata, o importante é desmistificar o preconceito em favor da saúde e da vida.