O prognóstico é de impacto positivo na imunização de toda a população brasileira, porém a eficácia contra variantes é incógnita
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Uma preocupação que surgiu quando o assunto é o controle da pandemia reside nas variantes do vírus que vem aparecendo. A princípio as vacinas usadas atualmente no Brasil funcionam contra as variações, por mais que as vezes com eficácia reduzida. Porém, apenas com estudos mais profundos é que se pode ter clareza dessa questão.
O pesquisador e professor de microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Leandro Lobo, afirma que a melhor estratégia para combater as mutações é conter a contaminação. Segundo o pesquisador de microbiologia, cada vez que o vírus se replica ele está sujeito a se mutar. “A gente precisa vacinar a população e manter as recomendações das entidades de saúde, como usar máscara, manter distanciamento e higienizar as mãos”, relembra.
Caso outras novas variantes surjam, entretanto, a tecnologia utilizada para o desenvolvimento dessas vacinas brasileiras permite que elas sejam atualizadas para contê-las.
Investir em ciência hoje é economizar no futuro
A Versamune e a Butanvac mostram na prática uma máxima defendida há tempos por muitas pessoas. Em uma época em que a ciência é atacada, seja pela falta de investimentos públicos, quanto por uma parcela da população que parece não entender sua real importância, cientistas brasileiros exemplificam porque devemos dar a devida atenção para esse setor.
“Eu gosto sempre de destacar o envolvimento dos cientistas brasileiros no desenvolvimento dessas vacinas, especialmente das universidades e institutos do setor público. O governo precisa olhar com cuidado para o MCTI e Ministério da Educação e entender que investir em ciência e tecnologia é realmente uma estratégia que funciona”, defende Leandro.
O professor cita ainda que se tivessem sido realizados investimentos concretos em pesquisas de desenvolvimento de vacinas, com uma mobilização e coordenação a nível nacional, ainda no começo da crise sanitária, os frutos poderiam estar sendo observados ainda mais cedo.
Os impactos poderiam ser reduzidos, inclusive, na área financeira, com a economia de dinheiro empregado na importação dos insumos farmacêuticos ativos, necessários para a fabricação da vacina. “Investir em ciência, na verdade, economiza dinheiro e salva vidas”, finaliza o professor e pesquisador.
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