exercício ideal

Conversamos com praticantes de diversas modalidades para te ajudar a escolher o exercício ideal para você começar a se mexer

Os motivos para começar a praticar atividades físicas não faltam. Mas tão fartas quanto às razões de começar a sacudir o esqueleto, são as desculpas para continuar parado. Nem sempre as pessoas se encaixam no tipo de exercício que mais gostam, ou que encaixa em sua rotina.

Pensando em ajudar quem ainda não começou a se mexer, conversamos com praticantes de diversas modalidades.  Eles compartilham o que atrai eles em cada caso. Quem sabe você também não acha o seu exercício ideal?

Caminhada

Essa talvez seja a opção mais leve e versátil de todas. O professor de português e mestrando Bruno Vieira conta que começou aos poucos e foi aumentando a distância. Para ele, além de auxiliar na forma, o ajuda com a mente.

“Eu sempre gostei muito de caminhar. É algo que me acalma. Me relaxa”, conta.

Outro ponto é que ela não é repetitiva, já que todo dia um novo caminho pode ser traçado.

“O que me chama a atenção na caminhada é o fato de ela nunca ser a mesma coisa. Eu tenho liberdade para mudar as rotas, conhecer e ver coisas novas. Isso deixa o exercício mais interessante. Sempre é uma experiência diferente. Você não enjoa”, lembra o professor.

Além de tudo isso, esse exercício é leve. Bruno conta que sofre de síndrome do pânico. Um dos gatilhos para suas crises era a taquicardia, o que dificultava as atividades de alta intensidade.

“Encontrei na caminhada e na corrida de rua leve a saída para não ser tão sedentário”, complementa

Corrida

A evolução natural do movimento de andar é correr. Um pouco mais intensa, a corrida de rua compartilha algumas características de sua irmã menor. O caminho pode variar todos os dias, bem como o tempo empregado na atividade.

Um praticante desse esporte é o psicólogo Carlos dos Anjos. Ele é ex-atleta, tendo treinado e disputado competições de atletismo dos 14 aos 19 anos.

“Parei por conta de uma lesão. Nos dias atuais, corro por esporte e para saúde”, ele revela.

Além de ajudar a ter melhor condicionamento, esse também se tornou um meio de fazer amigos.

“O que eu mais gosto atualmente da corrida são as amizades que acabo fazendo e a satisfação de terminar uma prova”, ele conta.

“A corrida é o exercício ideal para todas as pessoas que querem ter uma qualidade de vida melhor”, completa Carlos.

A corrida exige um pouco mais de condicionamento dos participantes. Por isso é importante começar aos poucos e consultar um médico caso sinta alguma alteração.

Dança

Diz o ditado, que quem dança, os males espanta. Isso é bem verdade, ao menos considerarando aqueles que podem ser causados pelo sedentarismo.

Uma opção viável no quesito tempo, já que as aulas duram entre 50 minutos a uma hora meia, a dança foi a atividade escolhida por Tamara Iamara Machado. Praticante desde 2014, ela já chegou a trabalhar como instrutora de FitDance.

“O que mais me chamou atenção e o que mais gosto na dança, além de aprender coreografias e ser uma atividade física, é a sensação de liberdade que ela nos traz. Você consegue esquecer os problemas e se sente mais feliz”, comenta.

Na opinião de Tamara, a dança pode ser também uma alternativa para quem não gosta de academia.

“É um exercício ideal para qualquer idade ou sexo. Ela desperta muitas coisas boas dentro de nós, a sensação de ser livre, uma alegria contagiante. Eu amo dançar! Todos deveriam ter essa experiência”, aconselha.

Academia

Odiada por uns, amada por outros. As academias e as rotinas de musculação são, para muitas pessoas, um sinônimo de entrar em forma. Apesar das coisas não serem bem assim, como estamos vendo, e existirem diversas opções, há quem também se encaixe melhor nesse tipo de atividade física.

Esse é o caso, por exemplo, do publicitário Lucas Maciel. Ele credita ao fato de ter voltado a frequentar a academia, nos últimos 10 meses, a melhora no seu humor no cotidiano.

“Por causa da prática de atividade física regularmente, eu comecei a dormir melhor. E por consequência disso meu humor ficou mais estabilizado”.

Os impactos na saúde, com benefícios físicos e mentais, são os pontos que incentivam Lucas a manter sua rotina de treinos.

“Eu acho o exercício ideal para para quem é ansioso. Eu mesmo sou muito assim e consigo levar minha vida bem mais com calma, por fazer exercício”, recomenda.

Crossfit

Para quem não é tão fã das academias tradicionais, uma solução com maior dinâmica, mas a mesma pegada focada em transformar o corpo é o Cross, ou Crossfit. Essa é uma modalidade que combina exercícios de várias outras modalidades com o objetivo de criar condicionamento físico.

Praticante há 4 anos, o designer e empresário João Henrique Papi diz que o que lhe chamou atenção é justamente essa mistura.

“No Cross todo dia é um treino diferente em todos os aspectos: movimentos, tempos, dificuldade e por aí vai”, comenta.

Como em várias outras práticas, o senso comunitário que envolve os participantes também existe. João confessa que isso é o que mais agrada em frequentar uma academia, ou box como é chamado. Ele comenta que esse aspecto de comunidade proporcionado ganhou bastante importância em sua vida.

O Cross, segundo o praticante, é o exercício ideal para qualquer tipo de pessoa. Isso acontece porque é completamente adaptável, não há limite de idade, gênero ou corpos.

“Mas, se a pessoa curtir um pouco de loucura no treino ajuda”, brinca.

Pilates

A busca por sinergia. Esse, como relata a praticante e fisioterapeuta Joana Likes (146173-F), é o princípio do Pilates. Ela que está envolvida com a prática há 10 anos revela que esse método consiste no alinhamento da centralização, respiração, fluidez, concentração, controle e precisão.

“Pratico o método no mínimo 1 vez por semana, além de todas as outras atividades físicas. Ele vem acrescentar, agregar muito, além de que para mim vai muito além de uma atividade física. É um estilo de vida”, revela.

Joana se diz fascinada pela possibilidade de trabalhar o corpo como um todo, que a prática traz. Ela compartilha, inclusive, que o método que traz o sobrenome de seu criador, Joseph Pilates, era chamado de contrologia, em alusão ao controle entre corpo e mente. Com o tempo passou a ser reconhecido com o nome atual.

Como atividade física, pode ser recomendada para todos os públicos. O profissional irá direcionar a abordagem para cada praticante e suas necessidades.

“Ele pode ser utilizado por todos aqueles que precisam e também que desejam promover a saúde: atletas, idosos, gestantes, crianças e adolescentes”, destaca a fisioterapeuta.

“Não há riscos de lesões, pois tudo respeita o ritmo do indivíduo”, finaliza.

Esportes coletivos

As primeiras opções que vem à cabeça quando pensamos em esportes. Isso se deve ao forte fator social relacionado. Essa opção pode conter o exercício ideal para as pessoas se adaptarem e também criarem o hábito de continuar praticando.

A jornalista Priscila Polon sempre foi fã de futebol, mas no último ano começou a jogar vôlei de praia.

“Eu estava com vontade de fazer algum exercício. Eu odeio academia, não gosto de esteira. Foi aí que descobri o vôlei. Fiz uma aula e me apaixonei”.

Ela lembra que com esse esporte, praticado em quadras de areia, vários tipos de exercícios ocorrem junto. Além de fazer o aeróbico, revela que sente uma evolução da massa muscular.

Priscila destaca também que essa modalidade pode ser praticada por todas as pessoas interessadas.

“Eu acho que essa atividade é pra todo mundo que gosta de esporte com bola. Onde eu jogo tem pessoas com mais de 60 anos. Você faz muitas amizades e acaba sendo divertido participar. Todo mundo pode jogar. Você vai aprendendo conforme o tempo”, explica.

O vôlei seria, então, um esporte democrático. Essa característica está presente no futebol também. É isso que defende o advogado William Hass, ele que fez aulas e jogou como hobby as diferentes formas de futebol (de campo, futsal, sintético), lembra que pessoas com qualquer biotipo físico podem se divertir com o jogo.

Essa questão se amplia também no lado econômico. O Futebol pode ser praticado por pessoas de todas as classes sociais e gênero, já que não requer muitos recursos.

“Só com uma bola e improvisar uma trave você consegue jogar. E crianças, às vezes, nem bola precisam ter. Fazem uma com meias”, salienta.

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