Algumas doenças de pele podem piorar no verão. Durante essa estação as patologias tendem a aparecer de maneira mais fácil ou com maior intensidade
O final do ano não marca apenas o começo da época mais quente, mas também de uma campanha que visa informar a população a respeito da prevenção do câncer de pele, o Dezembro Laranja. Diversas ações são realizadas lembrando dos cuidados que devem ser tomados em relação a radiação oriunda do “astro rei”.
As recomendações de usar protetor solar com fator de proteção maior que 30, evitar contato com o sol durante os horários de mais intensidade (entre 10h e 15h) e procurar se proteger com chapéus, óculos escuros e demais dispositivos que fazem sombra são válidas e devem ser seguidas, já que o câncer de pele corresponde a 33% de todos diagnósticos da doença no país, de acordo com a SBD, a Sociedade Brasileira de Dermatologia. E tem mais, esses cuidados ajudam a evitar as terríveis queimaduras, que ninguém gosta.
Apesar disso, outras doenças de pele podem piorar no verão. Segundo a dermatologista, Renata Tavares (CRM 19692), no período em questão é comum que procurem seu consultório com queixas diversas.
“No verão com as altas temperaturas e a maior exposição solar, alguns problemas podem se agravar sim”, explica a médica
Algumas doenças de pele podem piorar no verão. Quais são?
A Dra. Renata preparou uma lista das patologias comuns do período e como elas ocorrem. Ela lembra que caso a pessoa enfrente algum desses sintomas deve buscar a ajuda de um dermatologista, para analisar qual o melhor tratamento.
Miliária (brotoeja) – inflamação das glândulas de suor, pode piorar com o calor, causando irritação coceira e ardor na pele. É comum em bebês e crianças.
Disidrose – também é uma inflamação das glândulas presentes nos pés e mãos, associada a pequenas vesículas de água pruriginosa que depois deixam áreas descamativas na pele.
Infecções por fungos na pele e unhas – calor e umidade fazem os fungos se multiplicarem e se espalharem com maior facilidade. Sem contar que locais de uso coletivo como cadeiras e esteiras ajudam a espalhar os fungos, assim como a areia da praia e parques.
Larva migrans (bicho geográfico) – parasita que penetra na pele e causa intensa inflamação e coceira. É comum em crianças que brincam em areia úmida e contaminada por fezes de animais.
Fitofotodermatose (manchas por queimadura) – Essa é mais relacionada à exposição ao sol. Ela acontece principalmente após ao contato de substâncias como frutas cítricas, principalmente limão ,temperos e perfumes. Em alguns casos podem ser causadas por plantas, que quando em contato com a pele, após exposição ao sol, podem manchar e até queimar a região.
Dicas para diminuir problemas
A principal dica que a Dra. Renata dá para minimizar as chances de sofrer com alguma dessas doenças é usar protetor solar com o fator alto. Além disso, é importante utilizar proteção física e evitar calçados fechados e meias de materiais sintéticos. Outra coisa que ajuda é preferir roupas leves, principalmente de algodão e, da mesma forma, fugir dos tecidos sintéticos. Também é preciso cuidar da umidade. Nesse sentido, deve-se lembrar de secar bem as áreas de dobras e os pés. Outra coisa é não ficar com roupas de banho molhadas por muito tempo.