Perceber as diferenças entre covid-19, gripe e resfriado é difícil, já que possuem sintomas parecidos. Por isso é preciso realizar exame e tomar cuidados ao aparecerem sinais
Não foram poucas as vezes, nesse último ano e meio, que nos pegamos pensando: “será que é Covid, ou só uma gripe, ou resfriado?”, logo após um espirro ou tosse. O fato dessas três doenças possuírem sintomas parecidos ainda gera algumas confusões.
De um lado, o grupo de pessoas que com o menor sinal dos sintomas já demonstrava preocupação. De outro, havia aqueles que desconsideravam a complexidade de tudo que poderia acontecer caso aqueles espirros fossem, de fato, causados pelo novo coronavírus.
Independente de qual dessas duas turmas você faz parte, a principal ação a ser tomada é evitar espalhar a doença, usando máscara e mantendo distanciamento, além de verificar a existência ou não da covid-19, através de exame.
“Hoje, na pandemia, se você tem febre, dor no corpo, mal-estar, tosse, diarréia, obrigatoriamente precisa afastar a infecção pelo coronavírus. Então é importante que seja investigado se você tem ou não”, explica a médica pneumologista e alergologista Mariana Saciloto.
Quais são as diferenças entre covid-19, gripe e resfriado?
Para responder quais são, de fato, as diferenças entre covid-19, gripe e resfriado é preciso entender melhor cada uma dessas doenças.
As três doenças atacam primeiramente o sistema respiratório e algumas vezes, vem até de uma mesma família vírus. Alguns casos de resfriado, por exemplo, são causados por um tipo de coronavírus. Por sua vez, ele é diferente do novo coronavírus, que causa a covid-19.
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Resfriado é a mais leve
A doença é de incidência muito comum e pode ser causada por diversas famílias de vírus diferentes, porém a principal é o rinovírus, que por si só, possui mais de 100 variações.
A médica explica que as pessoas que têm resfriado normalmente apresentam mais uma infecção das vias aéreas superiores, como nariz e garganta.
Exemplos de sintomas são coriza, um mal estar leve e tosse eventual.
“Mas a pessoa se alimenta bem. Se tiver febre, é baixa. Pode haver sintomas gastrointestinais, como diarreia e vômito, mas são sintomas mais leve”, destaca a Dra. Mariana.
Gripe deixa a pessoa mais combalida
Já a gripe é causada por vírus da família Influenza.
Nesses casos, normalmente, a febre é mais elevada. A pneumologista relata ainda que o infectado tem tosse, pode ter falta de ar e também tem sintomas de mal estar geral.
Ela conta também que é possível a ocorrência de sintomas gastrointestinais, como a diarreia e vômito.
“Normalmente os quadros de gripe são quadros mais graves. A pessoa fica mais prostrada. Não grave em termos de severidade, mas com relação ao resfriado, a gripe deixa a pessoa com mais aspecto de doente”, comenta a médica.
Covid-19 é a mais grave
A doença é causada por um novo tipo de coronavírus, o Sars-Cov-2. Inicialmente, como explica a pneumologista, pode se manifestar com dor de cabeça e febre.
Vale ressaltar que a princípio o infectado pode não apresentar a elevação da temperatura corporal. Porém, com a evolução do quadro a probabilidade de aparecer fica cada vez maior.
Analisando a sintomatologia desses três males, observa-se que a princípio a diferenciação sem exames pode ser bastante complicada. Nesse sentido, alguns sintomas ajudam a evidenciar que um paciente está infectado pelo novo coronavírus.
“Ela tem uns sintomas que são muito característicos, que são a perda de olfato e paladar, além da tosse intensa”, lembra a Dra. Mariana.
Outra característica a ser destacada dessa doença é que ela impacta a pessoa em diversas etapas.
“Após o quinto ou sétimo dia há a possibilidade de evolução dessa doença para a fase mais inflamatória, em que há a falta de ar e comprometimento dos órgãos”, relata a médica. Nesse sentido, isso faz com que essa doença seja mais grave nas pessoas que apresentam essa evolução.
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Evite a automedicação
Entender as diferenças entre covid-19, gripe e resfriado talvez não seja um processo tão simples. Isso acontece porque s sintomas podem ser muito parecidos. Então é crucial que não fiquem dúvidas no ar quando eles aparecerem.
Fazer o exame e ter certeza do diagnóstico é crucial para evitar que a doença se espalhe e que um acompanhamento passe a ser feito. Mariana ressalta que é importante que seja investigado se você tem coronavírus ou não.
Outro ponto destacado pela profissional é que se evite a automedicação.
“Se você tem sintomas, precisa investigar e afastar a infecção pelo coronavírus. Se for Covid precisa ser atendido, porque o que faz diferença é ser atendido o quanto antes, eu não estou falando em tratamento precoce, mas sim um reconhecimento da doença, um acompanhamento efetivo, para que sejam tomadas as na hora certa”, na hora certa.
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