A primavera pode intensificar alergias. Isso ocorre por uma série de fatores climáticos e naturais. Por Gilberto Saciloto (CRM/PR 5303/RQE 12539/RE 946), médico alergista e imunologista clínico
Quando o assunto é alergia este é um dos itens mais importantes atualmente em nossa região. Explico: não pela gravidade, mas pela intensidade de sintomas e sua abrangência em um curto espaço de tempo.
Todos coçam os os olhos, nariz e garganta. Todos espirram. Muitos, inclusive, chiam o peito com crises asmáticas.
Isto é horrível, pois impede o trabalho, a vida escolar e dificulta o sono. Enfim perturba a qualidade de vida.
Quando abordo um paciente assim a minha preocupação, inicia-se pela abordagem da automedicação. Sim, pois os pacientes antes de nos procurarem, por terem acesso fácil a medicamentos sintomáticos, inclusive injetáveis, passam a fazê-los de forma absurda, desesperada, chegando ao vício, inclusive pelo uso frequente.
Assim um ciclo pernicioso se instala. Dos sintomas aos remédios, que causam mais sintomas, que chegam a mais remédios.
O que causam as alergias?
O período crítico a alergias inicia-se a partir de agosto, indo até dezembro.
A causa detectada, até o momento, é a polinização das gramíneas, muito abundante no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Aliado a isso temos o tempo seco, com pouca chuva, que é quando vemos mais intensificação do problema.
Não há alergia a flores, apesar das pessoas ficarem sugestionando. Quando em crise, até estão diante delas, mas não percebem o ar que respiram.
O paciente tem que procurar um alergista, sendo a única maneira do diagnóstico. Ser tratado durante todo tempo com medicações adequadas. Não automedicar-se. Lembre-se que a modificação do sono, implicará em um paciente cansado, não intelectualmente atento para suas atividades de rotina.
Finalmente não há medida paliativa para tratar. Alergias são doenças que tem que ter tratamento adequado, mesmo que seja por longos períodos.
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