O sedentarismo das crianças é uma ameaça a saúde física e emocional. Profissional de educação física ensina como mudar essa questão
Passar o dia todo usando celular, na frente da televisão ou no computador. Esses hábitos que fazem a cabeça da criançada são cada vez uma preocupação maior dos país.
E nos últimos meses as preocupações dobraram. Afinal de contas, com as aulas remotas causadas pela pandemia, esses dispositivos não se tornaram apenas uma forma de lazer.
Agora é pelo computador, celular ou tablet que as crianças “vão para a escola”, em muitos casos.
Apesar de ser necessário, esse cenário pode ser perigoso para a saúde dos pequenos. Esse estilo de vida se torna uma porta de entrada ao sedentarismo infantil.
Conversamos com a profissional de educação física Caroline Reda (CREF 27274-G/PR) sobre o tema e como resolvê-lo.
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Com a pandemia, os pais passaram a se preocupar com o possível sedentarismo das crianças?
Houve um aumento na procura de profissionais de educação física que trabalhassem com crianças e adolescentes de maneira individualizada e segura a fim de proporcionar mais saúde para essa população, realizando os atendimentos nas casas ou ao ar livre. Os pais se mostraram preocupados com a mudança da rotina das crianças.
Quais problemas foram observados a partir do momento que sair de casa se tornou algo complicado?
Além da propensão à obesidade, os pais comentavam que seus filhos estavam passando por crises de ansiedade, estresse e agressividade. Assim, a atividade física com segurança tornou-se uma possibilidade de extravasar esses sentimentos amenizando as consequências causadas durante o confinamento.
Que dicas você daria para superar o sedentarismo das crianças?
Os exercícios mais indicados são aqueles que promovam a diversão e ao mesmo tempo desenvolvam as capacidades físicas, como a coordenação motora, o equilíbrio, a força entre outros. Os esportes como a natação, as lutas, os esportes coletivos e também as danças são os preferidos da criançada.
Além da questão física, a interação com outras crianças é fundamental para a socialização, infelizmente em virtude da pandemia isso se tornou mais difícil. Uma alternativa para os pais, seria resgatar ‘brincadeiras antigas’, nas quais os laços de afetividade se tornam mais estreitos através do compartilhamento de experiências entre ambos. Por exemplo: pular corda, empinar pipa e jogar bete-ombro.
Quando os dispositivos eletrônicos e a internet chamam mais atenção do que se exercitar, o que pode ser feito?
Outra maneira de incentivo é os adultos aproveitarem da tecnologia e participarem, junto com seus filhos, mais do mundo virtual que a internet proporciona. Existem diversas danças, desafios e vídeos de coreografias, É possível fazer uso da internet de maneira responsável. O importante é não ficar parado e garantir a saúde da família toda.
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