Durante o interno, a umidade do ar baixa e temperaturas mais frias levam a diminuição da transpiração corporal, fazendo com que a superfície da pele fique mais seca

Nesta época, é comum tomarmos banhos mais quentes, que provocam uma remoção da oleosidade natural de forma mais intensa, diminuindo o manto lipídico que retém a umidade da pele ao mesmo tempo que faz com que a camada córnea danificada contribui para que a nossa pele perca água para o meio externo.

Tanto a pele do rosto quanto a do corpo estão sujeitas ao ressecamento no inverno. O clima frio e seco pode deixá-las com aspecto esbranquiçado, descamativo, o que indica a desnaturação das proteínas. Para evitar tais sintomas é importante fazer hidratações corporais mais profundas e, além disso, investir em uma alimentação saudável, rica em vitaminas e antioxidantes, o que pode trazer benefícios a longo prazo.

 Alimentação adequada

De acordo com a médica dermatologista Renata Tavares, a tendência é que no frio as pessoas ingerem mais alimentos calóricos como carboidratos e proteínas em detrimento das verduras, frutas, legumes e, além disso, a ingestão de água tende a diminuir também.

O ideal é o equilíbrio, comer legumes, hortaliças e frutas, alimentos que são fontes de vitaminas e minerais que neutralizam os radicais livres, prevenindo o envelhecimento da pele. As frutas ricas em vitamina C, como o morango, a laranja, a mexerica, o limão e a cereja;  e vegetais, como o brócolis, couve, espinafre, repolho, cenoura, ricos em vitamina A,  ácido fólico, além da soja.

Durante o inverno, é muito comum que as pessoas diminuam a ingestão de líquidos, um erro brutal. “Manter a ingestão de água é extremamente importante para conservar a hidratação da pele e de todo o organismo que, naturalmente, fica debilitado por causa do clima frio. Um corpo hidratado apresenta uma pele macia e elástica. Para pessoas que têm dificuldade em tomar água durante esta estação, uma dica: ingerir chás claros ou de frutas, sucos de frutas naturais dividindo a quantidade indicada para um dia, dois litros, entre água e chás. Assim, o consumo torna-se mais prazeroso”, afirma a Dra. Renata.

Segundo a Dra. Renata, além da pele mais seca e desidratada, algumas doenças dermatológicas costumam se agravar no inverno. São elas:

Dermatite seborreica: ocorre principalmente nas regiões que contenham mais  glândulas sebáceas ou  pelos, como couro cabeludo, região torácica nos homens, também supercílios e face. É uma descamação da pele causada pela desregulação sebácea. As manifestações mais frequentes são caracterizadas por intensa produção de oleosidade, descamação, avermelhamento  e coceira. A descamação pode causar caspa, que varia desde fina até a formação de grandes crostas aderidas ao couro cabeludo, a seborreia. A coceira, que pode ser intensa, é um sintoma frequente nesta região e também pode estar presente com menor intensidade nas outras localizações.

Dermatite atópica: quem sofre de atopia pode apresentar também asma ou rinite alérgica. O principal sintoma é a coceira, que pode começar antes mesmo das lesões cutâneas se manifestarem e pode atingir a face, tronco e membros. Na infância, as lesões são avermelhadas e escamam sendo mais generalizadas. Nos adolescentes e adultos, as lesões localizam-se preferencialmente nas áreas de dobras da pele, como a região posterior dos joelhos, pescoço e dobras dos braços. A pele destes locais torna-se mais grossa, áspera e escurecida. Nessa doença, ocorre uma diminuição do fator de hidratação natural e da camada lipídica que protege a pele das agressões externas.

Psoríase: doença da pele relativamente comum, crônica e não contagiosa, atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. Mas a real causa da psoríase ainda é desconhecida. Sabe-se que a  exposição da pele aos raios solares em horários mais saudáveis exerce efeito anti-inflamatório sendo auxiliar no seu tratamento e, devido a isso, tende a piorar no inverno.

Ictiose vulgar: aparece após o nascimento, geralmente no primeiro ano de vida. Pode apresentar apenas ressecamento da pele e descamação fina ou intensa de aspecto geométrico. As áreas mais atingidas são os membros, podendo afetar também a face e o couro cabeludo. A doença tende a regredir ou a ter seus sintomas minimizados com o passar dos anos, existem formas mais leve e outras mais graves .

 Dicas para manter a pele hidratada

  • Beber no mínimo dois litros de água por dia (variando entre idade e peso);
  • Minimize os banhos quentes e demorados: evite se ensaboar demais e usar buchas, que também contribuem para alterar a composição do manto hidrolipídico (hidratante natural produzido pelo organismo) que protege a pele;
  • Usar o hidratante logo após sair do banho, ainda no banheiro – com aquele vaporzinho pós-banho, que ajuda na penetração do creme;
  • Para peles oleosas e acneicas, evite hidratante comum no rosto, use oil free nas áreas de maior oleosidade (rosto e tórax);
  • Os lábios também costumam ressecar muito no inverno. É importante usar hidratantes específicos para essa região e, assim, evitar rachaduras;
  • Usar filtro solar diariamente;
  • usar sabonetes menos agressivos para pele como os infantis ou os syndet que possuem menos agentes desengordurantes e ph neutro.

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