Nos meses mais frios, o problema com as caspas costuma a se agravar. Mas esse incômodo tem solução
Poucas pessoas gostam de admitir, mas pesquisas apontam que 40% da população brasileira sofre com caspa, um problema que aumenta com a chegada do inverno. E ao contrário do que muitos pensam, a caspa não é um problema somente dos homens. Em um levantamento feito pela Unilever, enquanto 42% da ala masculina declarou ter o problema ao menos uma vez por ano, o número entre as mulheres foi de 39%. A caspa tampouco escolhe tipo de cabelo: pode surgir nos secos e nos oleosos.
Segundo a dermatologista Renata F. C. Tavares, a dermatite seborréica, nome científico da caspa, é um processo inflamatório das glândulas sebáceas presentes no couro cabeludo, que provocam a descamação do mesmo, vermelhidão e muita coceira.
A camada superior da pele, como em todo o corpo, é formada por células mortas, que gradualmente se descamam e são substituídas. Quando ocorre a inflamação, esse ritmo é acelerado. “As células que são renovadas a cada 28 dias, passam então a ser substituídas em 4 dias, gerando o aspecto escamativo desagradável. Além disso, no couro cabeludo o excesso de óleo e escamas se tornam um ambiente propício para proliferação de fungos”, explica a dermatologista.
Conforme Renata, a caspa pode ser agravada no frio, devido ao clima e temperatura elevada da água do banho. Outros fatores desencadeadores da caspa são transpiração, tratamentos fortes como tinturas ou escovas progressivas, resíduos de xampus quando não se enxagua adequadamente o cabelo após o banho, uso exagerado de cremes e condicionadores, e até o estresse, pois ele pode propiciar o crescimento de bactérias e fungos no couro cabeludo. Além disso, doenças imunossupressoras, como o HIV e câncer, podem exacerbar a caspa.
O tratamento para a caspa, segundo a dermatologista, é de manutenção e controle, pois não existe cura completa e definitiva para o problema. Para cortar o mal pela raiz, além dos xampus anticaspa, a médica recomenda xampus a base de cetoconazol antifúngicos e anti-inflamatórios e tônicos capilares anti-inflamatórios. A dermatologista também lembra que se deve usar xampus específicos para seu tipo de cabelo, oleosos ou secos, secar bem o couro cabeludo após o banho, e evitar lavar os fios com água muito quente.
Por Camila Neumann