Prevenir e denunciar agressões é considerado um ponto importante para a promoção da saúde da mulher, de acordo com o Ministério da Saúde.  E a necessidade de combater esse mal é cada vez maior, já que se espalha cada vez mais pela sociedade.

A violência contra a mulher não tem classe social, escolaridade ou raça, como explica a professora pesquisadora Ariane Carla Pereira, do Departamento de Comunicação Social da Unicentro. Além de desenvolver estudos sobre jornalismo e gênero, ela coordena o projeto de extensão Florescer, voltado, justamente, ao combate desse problema. “Isso é resultado de práticas culturais amparadas no machismo e no patriarcado, no sentimento de posse, de propriedade do homem em relação à mulher. Como prática cultural está disseminada socialmente, sem restrições”, esclarece.

 “A violência contra a mulher não tem classe social, escolaridade ou raça”, explica a professora pesquisadora Ariane Carla Pereira.

Ao contrário do que se pensa, a violência contra a mulher não é apenas física, ou sexual. De acordo com a Lei Maria da Penha existem outros três tipos além dessas duas. Há também a moral, psicológica e patrimonial, cada qual com suas particularidades. Geralmente, como explica Ariane, as duas primeiras agressões são precedidas por essas outras, que são consideradas simbólicas

As mulheres que se sentirem ameaçadas ou que estão fazendo parte desse ciclo da violência, devem buscar ajuda. Em todo o Brasil, o número 180 funciona como canal de denúncia. Além disso, a região conta com alguns meios extras. “Em Guarapuava, ela pode buscar informações e também amparo sobre o como denunciar na Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres, que é referência em todo o estado. A cidade conta, ainda, com uma Delegacia da Mulher, vinculada à Polícia Civil, e a Patrulha Maria da Penha, ligada à Polícia Militar”, relata a professora. A Unicentro também possui projetos de extensão, como o Numape, o Núcleo Maria da Penha, que funciona no campus Cedeteg, que também fornece atendimento.

5 tipos de violência, de acordo com a Lei Maria da Penha

A professora Ariane Pereira nos ajuda a esclarecer os cinco tipos 
de violência segundo a legislação.

Psicológica: de modo bastante simplificado, é quando o homem 
fala mal da mulher diretamente a ela. Ele insulta suas 
características físicas, como beleza. Surgem comentários 
como “você é feia”, “está gorda”, por exemplo. E, também fala 
das suas capacidades intelectuais e profissionais. Nesse caso,
nada do que a mulher faz é bem feito ou bom o suficiente.

Moral: quando o homem fala mal da mulher para outras 
pessoas (um exemplo é a difamação).

Patrimonial: se trata de impedir o uso ou distribuir bens 
materiais da mulher - e isso vai de rasgar uma roupa, jogar
fora a maquiagem até a privação da mulher ao uso do celular
ou do automóvel.

Sexual: Ela não se limita a forçar o ato sexual, mas também 
se aplica ao controle da natalidade como impedir ou obrigar 
a mulher a usar a pílula anticoncepcional.

Física: é a agressão corporal propriamente dita. Esse tipo 
de violência pode passar por vários níveis, podendo inclusive 
resultar em sequelas irreversíveis ou morte.

 

 

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