Psicólogos ajudam a entender o que pode ajudar a melhorar a Saúde Mental das mulheres. Público feminino é o mais propenso à depressão e ansiedade
As mulheres são o público com maior risco de sofrer de problemas de saúde mental. A informação é frutos de um artigo publicado pela Escola de Educação Permanente do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (EEP HCFMUSP).
Segundo o estudo, pessoas do sexo feminino têm o dobro de chances de sofrer algum mal ligado a saúde mental. Entre as doenças mais comuns estão a Depressão e a Ansiedade
É importante, então, que as mulheres não relutem em buscar ajuda de um profissional da área. Assim que perceber os sinais de algo não está em ordem, é hora procurar por um psicólogo ou psiquiatra. Eles são as figuras mais indicadas para acolher e direcionar essas demandas.
Quando o assunto são as questões da mente, os problemas podem ter muitas causas, com origens distintas, em que cada caso é único e subjetivo.
Trabalho e renda ajudam a melhorar a saúde mental das mulheres
O âmbito psicossocial impacta essa questão.
Problemas financeiros, de relacionamento, familiares, e o desgaste de sincronizar a carreira no mercado de trabalho formal, com a jornada extra de cuidados da casa, estão entre as motivações para que as mulheres não atinjam o bem-estar pleno.
Nesse sentido, mudar aspectos relacionados a esse âmbito são cruciais para uma melhora nas condições de saúde mental das mulheres.
Pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, realizaram um estudo sobre o tema. O resultado foi publicado no Jornal Brasileiro de Psiquiatria. O trabalho ouviu mais de 2000 mulheres de 20 a 59 anos na cidade.
- A investigação percebeu que algumas podem auxiliar positivamente:
- prática de exercícios físicos,
- controle do tabagismo e do alcoolismo,
- boas condições de trabalho
- desenvolvimento de relações interpessoais íntimas
Thiago Kenji Hirano (CRP-08/31301), psicólogo clínico, concorda com esses pontos. Ele também cita o que pode ser levado em conta durante a promoção para uma uma vida com o psicológico saudável.
“Realizar uma atividade física, ter um tempo de lazer, uma rotina de sono regrada e uma alimentação de qualidade, por exemplo, podem ajudar”, conta.
Autocuidado também ajuda a saúde mental das mulheres
Em perfis do Instagram, em textos de blogs e em matérias de revista uma dica sempre aparece: sentir-se bem consigo mesmo.
Mas o que isso de fato envolve?
Para a psicóloga Marionita Gonçalves Dias (CRP: 08/19722), uma série de fatores está envolvida.
O principal ponto, segundo explica a profissional, é a autoestima. Ela lembra que isso não é relacionado a beleza necessariamente, mas sim a segurança como sujeito do mundo.
Nesse sentido, então, procedimentos estéticos podem entrar como uma atividade para melhoria da autoestima e qualidade de vida.
“Acredito que em um primeiro momento, somente o fato dela estar tirando uma parte do seu dia para um autocuidado, já estará naturalmente trazendo benefícios emocionais consideráveis”, pondera.
Porém, é preciso ter cautela para que cuidar de si não se torne obsessão para se atingir uma padrão irreal.
“Quando a busca pelos cuidados estéticos é feita de forma muito consciente, sem expectativas exageradas e irreais, trazendo um novo olhar para o corpo, cabelo e rosto de quem decidiu se cuidar por amor próprio, os benefícios na autoestima são muitos”, ressalva Marionita.
Cuidado com o que se vê por ai
Perfis de celebridades e influenciadoras estão entre os mais seguidos em redes sociais. Publicando a mais variada gama de conteúdos sobre suas rotinas, muitas pessoas que acompanham aquilo não conseguem deixar de se inspirar no que veem.
Acontece que muitas vezes os conteúdos consumidos podem acabar nos deixando mais para baixo.
A psicologia da uma dica quanto a esse problema. Criar um filtro interno. A ideia é para ver quais pessoas ou influenciadores estão nos deixando mal, para que deixemos de segui-los.
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