Aceleração cardíaca e medo de morrer fazem parte das sensações provocadas pela síndrome do pânico.

Aceleração cardíaca e medo de morrer fazem parte das sensações provocadas pela síndrome do pânico.

Você tem medo de ficar sozinha em casa ou freqüentar locais públicos? Sente seu coração começar a acelerar repentinamente e sem motivo para isso? Se a resposta é sim, saiba que estas são algumas das sensações provocadas pela síndrome do pânico. “A síndrome do pânico ocorre em função da desregularização dos neurotransmissores – serotonina e a noradrenalina – que transmitem informações e comandos incorretos ao cérebro. Este desequilíbrio dos neurotransmissores é responsável por causar medos irracionais e transtorno de ansiedade”, explica a psicóloga e terapeuta familiar, Tânia da Silva.

A síndrome do pânico está presente na vida de 2 a 4% da população, principalmente das mulheres. Segundo a psicóloga, a primeira crise geralmente aparece na fase mais produtiva, dos 20 aos 40 anos. O transtorno do pânico, como também é conhecido, é um distúrbio diferente dos outros tipos de ansiedade, já que não se tem uma situação específica ou motivo para o temor.

Após ter uma crise de pânico a pessoa começa a ter medo que possa acontecer novamente e tenta evitar as situações que as considera responsáveis. No entanto, Tânia afirma que a pessoa pode estar em qualquer lugar, sozinha ou em público, quando os sintomas aparecem. “Os sintomas são de preparação do corpo para algum acontecimento ruim, como aceleração cardíaca, medo de enlouquecer, medo de morrer, vertigem, falta de ar, sufocamento, tremor nas pernas e braços, sudorese e pânico de ter novamente”, diz ela.

O transtorno pode durar alguns minutos ou até mesmo horas e podem se repetir várias vezes durante o mês. “A síndrome do pânico leve acontece, em média, uma vez ao mês, já a síndrome do pânico grave é considerada acima de oito vezes mensal”, ressalta a psicóloga.

O tratamento para a síndrome do pânico, segundo a profissional, é à base de medicamentos, para estabilizar os neurotransmissores, e psicoterapia, onde são trabalhadas as situações de pânico e as características de personalidades evidentes em pessoas com esta síndrome, como ser perfeccionista, meticulosa, workaholic (viciado pelo trabalho) e excesso de autocrítica perante as situações do dia-a-dia. “A psicoterapia irá fortalecer a sua auto-estima, fazendo com que a pessoa seja mais maleável na vida e aprenda a lidar com os imprevistos”, completa a psicóloga.

“Muitas vezes, por ser uma doença psicológica é difícil para a família entender o que está acontecendo e acabam achando que é uma frescura. Por isso, a terapia em família auxilia bastante a esclarecer as dúvidas, faz com que os familiares compreendam melhor a doença e a maneira de como ajudar o paciente”, afirma Tânia. Porém, ela alerta para a família não agir com uma postura de retaguarda, ou seja, quando o paciente tiver receio de fazer alguma coisa os familiares devem estimulá-lo para que ele recupere-se e supere os seus medos e pânicos.

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