Saiba como funciona a dança que permite perder peso no pós-parto sem desgrudar do seu pequenininho
A dança materna é um projeto de atenção integral à mãe e ao bebê, desde a gestação até o primeiro ano de vida. Mais do que aprender os passos, a intenção da dança é fortalecer o vínculo da mãe com o bebê, que sacoleja em um sling (carregador de pano) durante toda a atividade.
De acordo com a professora de dança Bruna Pacheco, as aulas são bem dançantes e preparadas especialmente para a mamãe e o bebê, com duração de 45 minutos. As aulas não possuem nenhum exercício que cause impacto, pois a mãe já esta com uma sobrecarga de peso que é o bebê utilizando o sling. “A aula é extremamente prazerosa, motivante e divertida. Com músicas atuais, as mães dançam, se deslocam com os bebês, os passando segurança e tranquilidade. No final da aula compartilham de uma vivência lúdica com os bebês, fazendo relaxamento e alongamento”, acentua.
Conforme Bruna, o que para mãe é um exercício físico, para o bebê é uma brincadeira. “Para as mães, os benefícios são inúmeros, desde o aspecto estético, como autoestima e redução de peso, até a saúde física, melhorando o sistema cardiovascular e pulmonar, proporcionando reeducação postural, além de estar propiciando o vínculo afetivo com o bebê”, explica. “Para os bebês, a dança traz uma segurança, tranquilidade e sociabilização, pois escutam sons diferentes, vozes, cheiros, sentimentos e sensações, além de proporcionar a diminuição de cólicas e melhorar o sono dos bebês”, completa.
Mas como uma simples dança é capaz de estimular o desenvolvimento do vínculo da mãe com o bebê? A professora explica que a maternidade exige uma dedicação extrema, e nesta fase a mãe está num período de extrema sensibilidade e emoção, assim a dança fortalece ainda mais este vínculo, pois a mãe estará fazendo suas atividades agarradinhas ao bebê. “O conforto do colo e o aconchego do balanço da música, traz uma tranquilidade ao pequeno e a mãe pode trocar experiências com outras mães que estão na mesma fase que ela”, destaca.
A maioria das mães já dança e se movimenta com seus bebês no colo como uma pratica instintiva, seja para acalentá-lo ou para fazê-lo dormir. Nesse sentido, a aula de dança materna, segundo Bruna, só deixa essa prática um pouco diferente, pois é realizado em grupo onde as mães trocam experiências e aprendem a utilizar o sling de forma correta. “As mães podem praticar em casa os exercícios com seus bebês que foram feitos nas aulas, pois assim a experiência de aula é levada para o lar de forma mais prazerosa e divertida”, recomenda.
As mamães que ainda estão gestando, como explica a professora de dança, também podem e devem participar das aulas de dança, porque além dos benefícios que a dança traz ao corpo da mãe, ela também proporciona o contato com outras gestantes. “A dança materna permite à gestante uma troca de experiência dos momentos da pré-maternidade com outras mães, preparando assim o seu corpo e sua mente para a chegada do bebê”, pondera.
No pós-parto, a dança materna funciona como um exercício físico e mental. “A mãe nesta fase de pós-parto está amamentando, e a própria amamentação faz com que a mãe emagreça, assim a dança vem como uma manutenção corporal, ajudando neste processo. Com os deslocamentos da dança a frequência cardíaca é elevada, trabalhando o sistema cardiovascular e pulmonar, aumentando as condições físicas e contribuindo para a perda de calorias”, diz.
Mas a partir de quanto tempo após o parto a mãe pode participar da dança com o seu bebê? A professora recomenda, para as mamães que fizeram parto normal, que iniciem a partir de um mês e meio. Para as mamães que fizeram cesárea, dois meses. Porém, segundo ela, se as mães estão em perfeitas condições e já tem a liberação de seu médico para a prática de atividades físicas, já podem iniciar a partir de um mês.
Para o bebê é recomendado que se inicie a dança com a mãe após um mês e meio de seu nascimento até o período de um ano, ou, então, até que ele esteja pesando 10 quilos. “A dança pode ser prejudicial quando os bebês são mais pesados, devido à sobrecarga de peso na coluna, o que pode prejudicar os joelhos e quadris da mãe”, explica a professora.
Por: Camila Neumann