As fontes de calor e frio têm grandes poderes contra vários males do corpo. Saiba como usá-las a seu favor

 

Quem não sofre com aquela dor muscular depois dos treinos, cansaço nas costas ao fim do dia, ou aquela dorzinha chata no joelho que surge quando menos queremos? Se você se identificou, já deve ter ouvido que as compressas são uma boa para o alívio dos sintomas. Mas você sabe a maneira correta de usá-las?

A compressa, de acordo com o fisioterapeuta Cássio Silva Pereira, é uma boa alternativa para tratar dores por todo o corpo. “Ela é uma forma terapêutica de tratamento para diminuir, além da dor, o inchaço e tensões musculares e que pode ser realizada com frequência, de forma quente ou fria”, explica.

 

Qual a ideal para mim?

As variações da compressa são utilizadas para diferentes casos. Confira as indicações do fisioterapeuta:

Compressas quentes: são usadas para relaxamento e diminuição da dor por tensão muscular. Elas são mais indicadas para o relaxamento da musculatura e lesões musculares, após 48 horas do trauma ou até a redução completa do edema ou inchaço. Podem ser usadas várias vezes ao dia, sempre respeitando a forma correta de uso e a necessidade.

Compressas geladas: são usadas para traumas agudos e contusões. Pancadas, lesões articulares e lesões musculares agudas até 48 horas após o evento, tendo o benefício da analgesia e anti-inflamação. Assim como as quentes, podem ser usadas várias vezes ao dia, dando um intervalo de pelo menos 2 horas e respeitando a forma correta de uso e a necessidade.

 

Faça da maneira certa

Em ambos os casos, algumas cautelas devem ser tomadas. De acordo com o fisioterapeuta, o principal cuidado nas compressas geladas é o de não colocar o gelo diretamente na pele. O contato pode fazer com que a pessoa resista menos tempo com a compressa e em casos mais extremos pode levar a queimadura. “Em casa podem ser feitas panquecas de gelo moído numa sacola plástica envolvida numa toalha fina, assim temos a ação ideal”, indica o profissional.

Cassio explica que no caso da compressa quente, além de uma temperatura suportável, devemos nos preocupar em manter a compressa sempre quente para evitar a dissipação do calor, e a então diminuição da efetividade da compressa. “Use duas toalhas numa bacia com água quente e faça um revezamento das toalhas a medida em que elas vão esfriando. Envolva com elas toda a região afetada”, descreve.

Se você quer mais praticidade durante as aplicações, a tecnologia está ao seu lado. O profissional relata que existem hoje, panquecas prontas, de gel, que podem ser aquecidas no micro-ondas ou colocadas para gelar no freezer de acordo com sua necessidade. “Existem formas de crioterapia mais modernas, onde um aparelho vai fazer o resfriamento da região afetada sem precisar que você coloque a mão no gelo. Contudo, as formas mais antigas são extremamente eficientes, nesses casos específicos, a modernidade não modifica muito o resultado final”, salienta.

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