A vitamina D, por vezes chamada de “vitamina do sol”, é um hormônio encontrado em alguns alimentos e produzida como resultado da exposição ao sol, explica a nutricionista Rafaely Almeida (CRN 8/12217).
O astro rei, inclusive, é a principal fonte de obtenção dessa substância, provendo mais de 90% de todo o montante.
“Ela é responsável por atuar na saúde dos ossos e músculos, na imunidade e crescimento, bem como no sistema nervoso e cardiovascular e na absorção intestinal de fósforo e cálcio”, relata a profissional.
Fontes na alimentação
Apesar da maior parte do consumo vir da exposição à luz solar, é possível obter vitamina D a partir da alimentação.
As principais fontes são de origem animal:
- Carnes;
- Peixes, em especial o salmão e a sardinha;
- Frutos do mar;
- Leite e seus derivados;
- Ovos;
- Cogumelos que são expostos à luz solar;
“É importante lembrar que a maior parte da substância a ser absorvida é produzida pela pele após a exposição consciente ao sol, porém realizar a ingestão desses alimentos em uma dieta balanceada traz os maiores benefícios especialmente em estações do ano com menor incidência solar”, pondera.
Deficiência
Rafaely conta que a hipovitaminose de vitamina D, tem como principal fator de risco a baixa exposição à luz solar. Dessa forma, é bem frequente em estações do ano mais frias e com menor incidência do sol.
Suas principais complicações são:
- Deficiência de potássio;
- Fraqueza muscular;
- Raquitismo e outras doenças ósseas;
- Piora do quadro clínico em portadores de doenças inflamatórias e doença renal crônica;
- Agravamento de doenças autoimunes, como diabetes mellitus tipo 1, esclerose múltipla, doença intestinal inflamatória, lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide;
- Recentemente passou a ser associada a alguns cânceres e hipertensão arterial.
Para evitar esses problemas e manter a saúde em dia, a quantidade recomendada por dia é de 600UI (0.015 mg) para adultos menores de 70 anos, passando para 800UI (0.02 mg) acima de 70 anos de idade, sem diferenças entre sexos.
Quando é necessário suplementar?
Rafaely sugere que a suplementação de vitamina D acontece principalmente em pessoas pertencentes a grupos de risco, que incluem portadores de doenças autoimunes e inflamatórias.
“Após realizado o exame de dosagem e constatado a deficiência ou insuficiência da mesma, a recomendação é feita de acordo com o nível de exposição solar e histórico alimentar”
Além disso, pacientes com histórico de depressão e que residem em países ou cidades com baixa incidência solar também podem ser beneficiados pela suplementação.
Risco da superdosagem
O consumo exacerbado pode ser prejudicial ao corpo. “O excesso pode levar a níveis elevados de cálcio no sangue e na urina” comenta.
“Isso resultando em cálculos renais e calcificação de tecidos moles, até mesmo do sistema vascular. Também leva ao aumento de fósforo, o que pode gerar doenças renais graves”, completa.
Vitamina D e Depressão
A nutricionista Rafaely Almeida (CRN 8/12217) explica a relação:
“Estudos recentes descobriram uma relação entre a vitamina D e a depressão. Os receptores dessa substância estão localizados em regiões do cérebro envolvidas com a doença. Ela se relaciona com a produção de uma proteína responsável por neurotransmissores que nos dão prazer e bem-estar”.
PARA MULHERES: Vitamina D e Endometriose
A endometriose é uma doença ginecológica de caráter inflamatório, explica Rafaely Almeida. A vitamina D atua como fator anti-inflamatório.
“Diversos estudos apontam que manter níveis adequados em portadoras de endometriose resultou na redução dos sintomas. Ocorreu especialmente a diminuição da dor causada pela doença, bem como na progressão dos focos”, finaliza.
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