Tomate

Considerado um superalimento, o tomate pode fazer muito bem para a saúde, mas uma confusão fez o consumo do fruto cair por mais de 200 anos em alguns lugares do mundo

Apreciado pelo mundo todo e presente em quase todas as culinárias, o tomate é um ingrediente universal e difícil de imaginar fora de qualquer mesa. Porém, por muito tempo, o lugar deles não era nas refeições, e sim nas ornamentações.

O fruto era considerado venenoso, ao menos aos olhos do senso comum. Então, ao invés de serem utilizados em um molho ou salada, por exemplo, eles faziam parte de enfeites. A origem desse mito vem de uma confusão com os utensílios em que eram armazenados. Eles costumavam ficar em bacias de estanho.

Acontece que esse material libera chumbo. Por conta do contato direto e por muito tempo, a substância que gera intoxicações ficava impregnada no tomate. Quem consumia uma unidade que havia passado muito tempo em um recipiente desses, acabava se envenenado com chumbo e morria.

O fato atrapalhou esse alimento versátil de ser consumido. Isso acontecia em partes da Europa e em colônias na América do Norte.

Essa imagem só começou a mudar quando, em 1820, Robert Gibbon Johnson, um coronel radicado na cidade norte-americana de Salem, no estado de Nova Jersey, foi a praça pública provar a “inocência” do fruto. Em frente às escadarias do tribunal da cidade, o homem teria consumido uma cesta inteira deles e, obviamente, não morreu.

O tomate pode fazer mal?

A nutricionista Mariane Roseti Macedo (CRN 8-1038) explica que existem muitos mitos relacionados a esse tema, porém, em alguns casos eles podem não fazer bem a quem consome. Entretanto, essas são situações específicas e muito pouco tem a ver com o antigo receio de que eles fossem venenosos.

“Algumas pessoas apresentam intolerância ou alergia ao tomate, sendo necessária sua exclusão”, cita.

Quem também deve tomar cuidado ao comer um tomatinho são os indivíduos que possuem diverticulite. Nesses casos o consumo desse alimento pode piorar casos de descontrole, já que, como lembra a profissional, eles não podem consumir excesso de fibras alimentares.

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Superalimento

Ele não só não faz mal para a imensa maioria das pessoas, como também possui propriedades que são muito boas.

“É um potente antioxidante, auxiliando em diversas formas na saúde, como na nossa visão, através da presença da vitamina A e C, diminuindo o risco de cataratas, assim como é excelente para pele, ajudando na cicatrização e proteção solar, devido ao licopeno”, comenta Mariane.

Inclusive é esse último nutriente, o licopeno, um dos mais interessantes desse fruto. É ele o responsável pela coloração do tomate. Nesse sentido, quanto mais vermelho, maior a concentração.

“Uma curiosidade que poucos sabem é que ele tem melhor biodisponibilidade quando aquecido, ou seja, quando utilizado em receitas, como cremes, sopas, ou cozidos em geral, do mesmo modo, por ser lipossolúvel, é melhor absorvido na presença de gorduras”, revela.

Mas nutricionista faz uma ressalva, apesar dessa característica é bom dar uma segurada na quantidade de gordura, optando pelo uso de azeite de oliva extravirgem para potencializar seus benefícios.

No fruto também há vitaminas A, B, C, folato, ferro, potássio, cálcio, magnésio, fósforo, bem como fibras alimentares. Além disso, a nutricionista lista outros benefícios

  • E ótimo na prevenção de câncer de próstata e mama;
  • Ajuda a evitar o Alzheimer e osteoporose;
  • Exerce o controle glicêmico, da pressão arterial e dos níveis de colesterol;
  • Ajuda na diminuição de dores e insônia;
  • Auxilia no fortalecimento dos cabelos e funcionamento do intestino.

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