Os pais têm uma oportunidade rara de influenciar o desenvolvimento dos filhos e de ajudá-los a se tornarem adultos mais saudáveis, essa chance surge cedo e dura pouco

 

Existem evidências científicas que problemas de saúde do adulto podem ter sidos desencadeados pela alimentação infantil. A nutrição na infância está sendo estudada há muitas décadas para garantir um crescimento saudável às crianças, livre de doenças.

Já sabemos a muito tempo que o leite materno deve ser o alimento único nos primeiros seis meses de vida, garantindo um crescimento ideal, redução de infecções e alergias, além de um vínculo afetivo entre mamãe e bebê. Mas a primeira infância é a fase ideal para consolidar os bons hábitos alimentares, cultivados desde o momento em que a dieta sólida começa a frequentar a rotina dos pequenos.

De acordo com a nutricionista India Mara Bottin, uma alimentação infantil saudável e balanceada garantirá um aporte necessário de vitaminas e minerais essenciais para um crescimento e desenvolvimento adequados. “A alimentação adequada na idade pré-escolar é rica em frutas, verduras, oleaginosas, cereais integrais e carnes magras, e muita água, pois a alimentação nessa época está diretamente ligada com o crescimento e o ganho de peso”, explica.

Conforme India Mara, alguns alimentos devem ser evitados para crianças até os dois anos de idade, como: mel, castanhas e amendoins, soja e seus subprodutos, cafeína, macarrão instantâneo, frutos do mar, salsicha, e qualquer tipo de alimentos industrializados, pois estes além de desenvolver alergias em crianças também são ricos em gorduras, conservantes e sódio.

Na alimentação pré-escolar é preciso ter cuidado com o excesso de guloseimas, o que é muito comum hoje, como balas, pirulitos, refrigerantes, salgadinhos, sucos e bebidas lácteas industrializadas. “Esses alimentos além de serem pobres nutricionalmente, também interferem no estado nutricional da criança e no aprendizado escolar”, alerta a nutricionista.

Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia, nos últimos 30 anos, o número de crianças, cujas idades entre 5 e 9 anos, triplicou ao se tratar do peso elevado para a idade. De acordo com a nutricionista, pode-se explicar a obesidade infantil ao aumento do consumo de alimentos ricos em carboidratos e industrializados, como bolachas recheadas, batata fritas, refrigerantes, hambúrgueres e as já citadas guloseimas.  “Como forma de prevenção à obesidade infantil é de suma importância uma alimentação adequada e balanceada, ingestão de muita água e incentivo à criança a praticar algum tipo de exercício ou atividade física diariamente”, aconselha.

As escolhas das crianças na hora de montar o seu prato são diretamente influenciadas pelas de seus pais e familiares, assim uma família que faz usos deliberados de alimentos prontos e industrializados transmitirá tais modos aos filhos. Uma família que se alimenta de forma adequada e equilibrada, influenciará os filhos a fazerem com maior facilidade. Podemos dizer que educar nutricionalmente, desde cedo, não é uma tarefa difícil.

Por: Camila Neumann

 

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