Conheça as medidas preventivas para o câncer colorretal

Dieta rica em gorduras e pobre em fibras são os principais fatores de risco para o câncer colorretal. Além disso, idade acima de 50 anos, história familiar de câncer de cólon ou reto, história pessoal pregressa de câncer de ovário, endométrio ou mama, obesidade e sedentarismo também são considerados fatores de risco.

O câncer colorretal, segundo o cancerologista, Anderson Vinicius Kugler Fadel, é uma neoplasia maligna que atinge o intestino grosso (ceco e cólons: ascendente, transverso, descendente e sigmóide) e sua última porção o reto. “Sangramento nas fezes, dores abdominais (cólicas) e anemia de causa desconhecida são os principais sinais e sintomas da doença. Mudanças de hábito intestinal, como constipação, diarréia crônica, diminuição do calibre das fezes, queixas de flatulência (gases intestinais) e distensão abdominal precisam ser investigadas”, afirma o médico.

“Pessoas acima de 50 anos com anemia sem sangramentos aparentes, podem estar perdendo sangue oculto nas fezes devido a um câncer colorretal, neste caso além dos exames de rotina é indicado fazer o exame de colonoscopia ou endoscopia digestiva baixa, como também é chamado, para investigação de um possível câncer no intestino”, ressalta Fadel.

 

Medidas Preventivas

Seguir uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras, cálcio, folato e pobre em gorduras animais, e praticar regularmente exercícios físicos são quesitos importantes para a prevenção do câncer colorretal.

“Para a população de risco baixo, recomenda-se o exame colonoscópico aos 50 anos. Na ausência de pólipos (crescimento anormal que surge na mucosa do intestino grosso), esse teste deve ser repetido aos 60 anos. Na impossibilidade de realizar a colonoscopia, é indicado a pesquisa anual de sangue oculto nas fezes (PSO) em três amostras consecutivas a cada 5 anos”, salienta o cancerologista. Já para os casos de risco alto, conforme o médico, é recomendado o rastreamento colonoscópico a cada1 a3 anos, dependendo do caso, com exame inicial aos 50 anos.

O acompanhamento sugerido aos pacientes portadores de síndromes hereditárias, segundo Fadel, é anual, com o primeiro exame a ser feito 5 anos antes da idade em que o primeiro caso de câncer colorretal foi detectado na família.

 

Tratamento

A cirurgia é a principal forma de tratamento da doença. “Na cirurgia é retirada a parte doente do intestino e os linfonodos próximos dessa região e conectado as partes sadias para que o paciente volte a ter o trânsito intestinal normal. Porém, em alguns casos não é possível fazer isto. Nesses casos, durante a própria cirurgia se cria um caminho novo para a passagem das fezes, denominado estoma ou colostomia”, explica o cancerologista.

O estoma é uma abertura criada na parede do abdome para conectar a porção final do intestino. “Essa cirurgia recebe o nome de colostomia, e a partir dela as fezes passam a ser armazenadas em uma bolsa coletora que fica sobre o estoma e se adere à pele do abdome”, esclarece Fadel. O estoma é temporário para a maioria dos pacientes. “Uma vez cicatrizadas as partes do cólon ou reto, um novo procedimento cirúrgico é realizado para conectar as partes do intestino e fechar o estoma. Contudo, alguns pacientes, sobretudo os que têm um tumor na parte inferior do reto, podem precisar de um estoma permanente”, declara.

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Por favor deixe seu comentário!
Por favor informe seu nome