Se você está sentindo dor de cabeça, dor na nuca, dor no peito, falta de ar ou palpitação, fique de ouvidos atentos, pode ser um aviso de alerta enviado pelo seu próprio coração. Os sintomas são de um dos principais fatores de risco da doença que mais mata no mundo, o acidente vascular cerebral (AVC). Na pesquisa realizada pelo Censo, em 2000, foi estimado que no país têm 14,5 milhões de hipertensos e a estimativa para 2025 é de 30 milhões de brasileiros. A hipertensão, conhecida popularmente como pressão alta, se não tratada adequadamente, é o principal fator de risco do AVC e infarto.
Para evitar um infarto ou um AVC, também conhecido como derrame cerebral, é através da medicina preventiva, a qual consiste em controlar os fatores de risco da doença. No entanto, os dados a seguir mostram a realidade. “No Brasil, de 100 pessoas que sofrem de hipertensão, apenas 50 sabem que tem, 25 tomam remédios e somente 12 pessoas se preocupam e controlam a pressão arterial com tratamentos adequados”, afirma o especialista em cardiologia, Rodrigo Crema.
O excesso de colesterol, triglicerídeos, diabetes, pressão alta, tabagismo, sedentarismo ou antecedente genético pode provocar a “aterosclerose” – doença inflamatória crônica responsável pela formação de placas dentro dos vasos sanguíneos. A aterosclerose quando afeta as artérias do coração ou do cérebro é geralmente fatal”, explica o cardiologista.
A atividade física é uma boa escolha para diminuir o acumulo de colesterol no organismo e baixar a pressão arterial. Segundo Crema, se a pessoa fizer regularmente exercícios, três vezes por semana, pode baixar 20ml da pressão arterial. Mas, antes de começar as atividades é importante realizar um checape cardiovascular para verificar a saúde do paciente. “Se o paciente sofre de esclerose ou angina e começa a fazer atividades físicas, em que exige força muscular, ela pode ser a desencadeadora de um evento cardiovascular”, explica o médico.
O AVC e infarto estão mais propensos de ser diagnosticado em homens a partir dos 40 anos e nas mulheres depois da menopausa, devido à diminuição dos hormônios. A maior incidência da doença é em negros e mulheres.
Frio aumenta riscos de AVC
No inverno, os vasos sanguíneos costumam se contrair para que o calor permaneça no corpo, o que prejudica a circulação, e consequentemente, eleva a pressão arterial.
Outro malefício desta estação para os hipertensos é o descuido com a alimentação, como ingerir maiores quantidades e alimentos mais calóricos, o abandono dos exercícios físicos e consumo de bebidas alcoólicas.
Na opinião de Crema, faltam campanhas para conscientizar a população da importância de controlar os fatores de riscos, como a pressão arterial, o colesterol, o triglicerídeos, diabetes, ao invés de gastar anualmente com internações por doenças cardiovasculares 400 milhões de dólares.
Recomendações Médicas Colesterol – atividade física e dieta; Hipertensão leve a moderada – dieta pobre em sal e atividade física. Se não tiver resultado, as medidas são medicações; Hipertensão grave – medicamentos. |
As doenças cardiovasculares elevada, principalmente a pressão arterial, é a maior causa de mortalidade do mundo superando o total de mortes geradas por todos os tipos de câncer Uma morte prematura é evitada a cada 2 fumantes que um médico convence e ajuda a parar de fumar. Após um ano sem fumar, a redução é de 50% o índice de infarto.
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