Com a chegada do verão, cresce a preocupação com a dengue. A doença já atingiu 6,5 milhões de casos prováveis no Brasil em 2024. Os dados fazem parte do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. Este número representa um aumento de 400% em relação ao mesmo período de 2023.
No total, 5.536 pessoas perderam a vida em decorrência da doença neste ano, com outras 1.591 mortes ainda sob investigação. Conforme o Painel, dada a tendência sazonal da dengue, os casos podem voltar a subir a partir de dezembro, com expectativa de pico entre março e abril de 2025. Dessa forma, esse cenário reforça a necessidade de intensificar medidas preventivas, como o combate ao mosquito transmissor, Aedes aegypti, e a vacinação.
De acordo com a enfermeira especialista em vacinação, Elisa Lino, a vacinação contra a dengue representa um dos maiores avanços no controle dessa doença. Uma vez que, anualmente, causa milhões de infecções e milhares de mortes no Brasil e em outros países tropicais.
Embora as medidas de controle do mosquito sejam essenciais, a vacinação é a forma mais eficaz de proteção individual e coletiva, especialmente em regiões onde a circulação do vírus é intensa.
A vacina da dengue, chamada de Qdenga, é fabricada pela farmacêutica Takeda e conta com uma tecnologia inovadora que estimula a resposta imunológica contra os quatro sorotipos do vírus. A vacina destina-se ao público de quatro a 60 anos, sendo aplicada em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Pessoas que não tiveram contato com o vírus poderão tomar a vacina.
Com a alta circulação dos sorotipos 3 e 4 prevista para 2025, é fundamental que a população elegível busque a imunização o quanto antes, prevenindo complicações graves e reduzindo o impacto da doença nos serviços de saúde.
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES
Elisa reforça que a dengue é uma doença imprevisível. mesmo pessoas jovens e saudáveis podem evoluir para quadros graves, como choque hemorrágico e falência de órgãos.
A vacina reduz a chance de essas complicações ocorrerem, protegendo vidas e evitando sequelas a longo prazo, sendo um verdadeiro divisor de águas na luta contra a doença. Muitas vezes, a prevenção é subestimada até que a pessoa ou alguém próximo sofra com as consequências da dengue.
Além disso, a enfermeira alerta para a importância das pessoas não esperarem até o início do verão ou o aumento dos casos para buscar a imunização.
Quanto antes nos protegermos, menores as chances de enfrentarmos uma epidemia tão devastadora quanto a que vivemos em 2024. A vacinação é um gesto simples, rápido e seguro que pode salvar vidas. Procure um serviço de saúde confiável para mais informações e não deixe para depois: a prevenção começa agora.