Especialista em dor de cabeça tira as dúvidas mais comuns sobre o assunto
A cefaleia, ou dor de cabeça, é uma das dores mais comuns que sentimos. Segundo os índices da Sociedade Brasileira de Cefaleia, 95% das pessoas têm dor de cabeça pelo menos uma vez na vida. Sendo que 70% das mulheres e 50% dos homens têm ao menos uma vez por mês.
Por conta disso, existem mais de 200 tipos de dor de cabeça, afirma o Dr. Lucas Ferreti (RQE 24950 / 26683), neurologista e especialista em dor de cabeça. “Dividimos, de maneira geral, em dois tipos: cefaleias primárias e cefaleias secundárias. Na primeira categoria estão as dores de cabeça nas quais não há um fator detectável – ainda – por exames. São exemplos a enxaqueca e a cefaleia tipo-tensão ou tensional. Na segunda categoria estão as dores de cabeça cujo fator desencadeante é detectável, como as dores de cabeça secundárias a tumores, aneurismas e doenças graves”, explica o neurologista.
O especialista ainda comenta que a dor de cabeça é diferente das demais dores que sentimos pelo nosso corpo. “Quando pensamos em dor, imaginamos que há algo de errado, algum perigo iminente que deve ser afastado imediatamente. Com cefaleias, não é assim que acontece. Primeiro que, o cérebro em si não tem receptores para a dor. O tecido cerebral não sente dor. Mas as estruturas vizinhas – vasos sanguíneos, meninges, ossos, nervos – conseguem interpretar estímulos nocivos como dor”.
Como aliviar?
“Depende muito da causa da dor”, responde Lucas. “Exemplo: se for uma enxaqueca – uma dor de cabeça primária – o tratamento é realizado com medicamentos contínuos e com remédios na hora da dor. Se for uma dor de cabeça secundária por tumor, por exemplo, o tratamento é a retirada dele”. Por isso, o especialista salienta que é muito importante saber o diagnóstico correto do seu tipo de cefaleia que irá guiar a terapia para seu alívio.
Mas como saber qual é a hora certa de ir ao médico? O Dr. Lucas orienta que é preciso estar atento aos sinais que seu corpo dá. “Há alguns sinais importantes que não podem ser negligenciados como: dor de cabeça muito forte ou diferente do padrão habitual, cefaleia desencadeada por tosse ou exercícios físicos, dor de cabeça diária e constante, presença de febre ou outros sintomas como desmaios, convulsões, emagrecimento, perda de força nos membros ou alterações visuais súbitas”, finaliza.
Dor de cabeça comum ou enxaqueca?
Certamente já deve ter se perguntado se a dor que estava sentindo era enxaqueca ou cefaleia comum. Lucas Ferreti tira a dúvida de uma vez por todas. “A dor de cabeça comum, chamada cefaleia tipo-tensão, tem características de ser em pressão, como um aperto na cabeça ou na testa, de leve a moderada intensidade, sem náuseas ou vômitos. Já a enxaqueca é uma doença cerebral com base genética, com características muito específicas: dor latejante de moderada a forte intensidade, mais de um lado da cabeça que do outro, com náuseas e vômitos, a luz, o barulho e cheiros incomodam”.
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