o que saber antes adotar um pet

O que é preciso pensar antes de adotar um pet

Tomados de alegria, com uma sensação ótima e nem se importam em acordar de madrugada para ver se está tudo bem com o pequenino. A princípio pode parecer que estamos falando de um casal que acabou de ter um filho, só que essa história é um pouco diferente.

É assim que o pesquisador e professor Leonardo Silva, 26 anos, se sentiu quando adotou com sua namorada um filhote de cachorro. O pequeno Alfredo. “A gente parece que faz questão de chegar em casa para poder estar com ele. Todo mundo deveria ter um bichinho em casa”, aconselha.

Mas a verdade é que a adoção em si demorou um pouco para sair. “Ficava pensando nas responsabilidades que um pet exige. É realmente como: ‘vou ter que assumir responsabilidade sobre um serzinho’”, conta o agora “pai de pet”.

Sobre essa questão, Leonardo realmente está certo. Quem concorda com isso é a médica veterinária Larissa Schimanski  (CRMV/PR 16829). Ela reforça que adotar um pet também demanda tempo e dinheiro. 

Por isso, se você pensa em adotar é importante começar a separar tempo e recursos financeiros. Os gastos podem incluir coisas como alimentação, vacinas, exames e visitas ao veterinário. “Também com a consciência de que é um compromisso a longo prazo. Então tem que ter paciência, comprometimento e muito amor para dar”, recomenda a profissional.

 

Quais cuidados devem ser tomados com a chegada de um pet?

Antes de tudo se deve conhecer a procedência do animal que se está adotando, é o que instrui Larissa. “Saber o máximo de informações possíveis sobre alimentação, estado de saúde, sobre histórico dos pais, entre outras informações pertinentes”, comenta.

Além disso, ela lembra que ao se adotar um pet, é recomendado que ele passe por uma avaliação com um médico veterinário de confiança. Assim, pode-se garantir que a saúde do pet esteja em dia. Essa primeira visita médica também serve para um importante passo na qualidade de vida dos bichinhos: o início do protocolo vacinal e da vermifugação.

Outra coisa importante é quando os pets ainda não tiverem o esquema de vacinas completo. Nesse caso, o contato com animais adultos deve ser evitado, bem como passeios de rua ou idas ao petshop. 

“Para finalizar essa parte dos cuidados iniciais, é importante também falarmos sobre alimentação. Deve-se fornecer um alimento adequado para a faixa etária e de qualidade, manter o animal com água fresca e sempre disponível”, sugere a veterinária.

Larissa também lembra que dispor brinquedos ajudam a manter os moradores de quatro patas entretidos, auxiliando também na adaptação na nova casa.

 

E quando adotar um pet adulto?

 

Uma excelente opção para encher sua casa de amor é a adotar um pet adulto que foi abandonado. Nesses casos, os novos tutores precisam ter, acima de tudo, muita paciência, já que o bichinho já tem seus costumes formados e, por muitas vezes, seus traumas.

“É preciso conquistar a sua confiança, entendendo que ele tem seu tempo, ou seja, animais adultos tendem a demorar semanas e até meses para se sentirem confiantes e ‘em casa’”, destaca Larissa.

Para tanto, algumas coisas podem ajudar:

  • Manter um ambiente calmo
  • Ter uma rotina de passeios e brincadeiras 
  • Ter um tempinho para fazer companhia e carinho no pet


Além disso, a especialista recomenda observar também o comportamento com outros animais. “Há pets que preferem ser sozinhos ou ter companhia, isso é variável, então pessoas que já possuem animais precisam ter um maior cuidado ao adotar um adulto, pois podem ocorrer disputas territoriais ou até mesmo a não aceitação. Tem que dar tempo ao tempo e ir adaptando ambos”, recomenda.

Por fim, os mesmo cuidados que são recomendados aos filhotes se encaixam aqui: vacinação, vermifugação, idas ao veterinário, alimento de qualidade, entre outros.

 

E se o filhote estranhar?

Quando se adota uma animal filhote é bastante comum eles levarem um tempo para se adaptar. A dica da Dra. Larissa é: dar muita atenção e gastar a energia do bichinho com brinquedos e brincadeiras.

“Cães e gatos filhotes demandam de total atenção, o ideal é que eles não fiquem sozinhos nos primeiros meses, pois é quando a fase de adaptação está acontecendo e principalmente cães são muito dependentes do contato com seus tutores. De maneira geral, reserve um tempo do dia para dar atenção exclusiva para o seu pet, deixe ele com bastante brinquedos e coisas para se entreter”, instrui.

 

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