estresse em pets

Assim como os humanos, os animais também podem sofrer com isso. Aprenda como perceber, controlar e evitar o estresse em pets

Você já deve ter lido ou ouvido em algum lugar que o estresse é a doença do Século XXI. Ela atinge uma grande parte da população, traz consequências para a saúde de quem sofre com isso e tem sido bastante lembrada em campanhas de conscientização mundo afora. O Dia Mundial de Combate ao Estresse, inclusive, aconteceu há pouco tempo, em 23 de setembro.

E esse não é problema exclusivo de seres humanos. É possível que animais de estimação sofram com o estresse.

“O animal, nestas situações apresenta comportamentos específicos que no dia a dia ele não costuma desenvolver”, explica a médica veterinária e professora universitária Karine Cristine Almeida (CRMV-PR 16543).

As duas espécies mais comuns de termos como companhia são os cães e os gatos. Quando o assunto é o estresse, em ambas ele se manifesta de maneiras distintas.

Segundo a especialista, é mais fácil identificar que os cachorros estão estressados, do que os felinos.

“Os gatos costumam se isolar, ter comportamentos de fuga, ou medo e miados em excesso. Enquanto os cães podem apresentar comportamentos como choramingar, excesso de latidos, lambeduras excessivas (principalmente em patas), falta de apetite, hiperatividade e episódios de agressividade”, conclui.

O que está deixando seu bichinho estressado

estresse em pets

Apesar de não precisarem trabalhar, ou pagar contas, inúmeras situações podem ser a origem do estresse em pets. A Dra. Karine nos ajuda elencando as principais:

  • Mudança no ambiente: como mudança de casa, mudanças bruscas na rotina e horários do animal, mudanças de ambiente, como por exemplo a hospedagem em um hotel em um final de semana.
  • Barulhos altos: sons desconfortáveis para os pets podem desencadear situações de estresse, como fogos de artifício, tempestades e trovões.
  • Introdução de um novo animal: Um novo pet na família é um fator de estresse, visto que os animais são territorialistas e podem acabar sentindo que estão perdendo território ou atenção. Os comportamentos típicos nesses casos são agressividade com o outro animal e até mesmo com seus donos, ou então, isolamento.
  • Situações de dor, fome e sede: O animal deve estar livre de doenças, fome e sede para desenvolver seu comportamento normal, a partir do momento em que essas necessidades básicas não são atendidas ele ficará estressado.
  • Abandono, separação dos donos ou de outros animais: É muito comum casos de estresse por conta de algum episódio de separação, quando os tutores viajam, filhotes e mãe se separam, um animal se separa do outro por algum motivo. Há situações em que os cães entram em estresse somente do dono sair para trabalhar, ocasionando uma ansiedade e tristeza até a volta do dono.

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O estresse em pets pode desencadear outras doenças

Assim como quando atinge os humanos, na bicharada, o estresse crônico também tem efeitos negativos na saúde.

Um exemplo que Karine cita são os cães. Quando estressados, costumam a lamber suas patas em excesso. Isso, por sua vez, pode ocasionar dermatite por lambedura, lesionando a região excessivamente lambida. Já nos gatos, é muito comum os indivíduos estressados apresentarem episódios de infecção urinária, causando muita dor no animal.

Assim, cuidar da saúde de seu companheirinho do mundo animal é também prezar por seu bem-estar. “Para aliviar o estresse dos pets é necessário promover um ambiente confortável, estimular o seu bichinho com atividades e brincadeiras e criar uma rotina que estimule os instintos e os sentidos do animal”, aponta Karine.

Como evitar o estresse em pets

  • Estimular passeios –  para que o animal gaste sua energia e se sinta feliz;
  • Enriquecer o ambiente – com diferentes tipos de brinquedos, principalmente aqueles que o dono consiga interagir junto;
  • Evitar deixar o animal muito tempo sozinho – para que não se sinta ansioso com a volta do dono;
  • Evitar locais com muitos barulhos – entender que o animal precisa do espaço dele;
  • Cuidar com a introdução de novos animais – realizar primeiro o contato através do cheiro antes de introduzir o animal em uma sala que não tenha espaços para fuga;
  • Conhecer seu animal – entender do que ele tem medo, o que ele gosta e o que ele não gosta.

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