A ginecologista e obstetra, Anelise Virmond (CRM PR 26887), responde às principais dúvidas sobre colocar DIU, uma das mais populares opções contraceptivas
Um grande aliado da mulher moderna, seja pela sua praticidade, duração e pela aplicabilidade nas várias fases da vida: É o DIU.
Muitas desejam colocar, seja para não usar hormônios ou diminuir e até acabar com o sangramento menstrual e os sintomas incômodos que acompanham. Entretanto, diversas dúvidas giram em torno desse assunto, causando indecisão e medo de colocá-lo. Por isso, conversamos com a ginecologista e obstetra, Anelise Virmond (CRM PR 26887), que responde a esses questionamentos.
Quais são os tipos de DIUs?
De acordo com a médica, existem dois tipos de DIUs: os não hormonais e os hormonais. Os não hormonais são os de cobre. Eles diferem no tamanho, formato e tempo de duração.
Já os DIUs hormonais disponíveis no Brasil hoje são o Mirena e o Kyleena. “Eles têm o mesmo hormônio na sua formulação, que é a progesterona”, explica.
- O Kyleena é ligeiramente menor e libera menos hormônio. É uma ótima opção para mulheres que desejam apenas contracepção e possível redução do fluxo.
- Já o Mirena tem uma dosagem maior de hormônio. Deve ser a primeira escolha em pacientes com queixa de cólicas e/ou sangramento menstrual.
Qual DIU eu devo colocar?
Pensar no seu ciclo menstrual é essencial nas escolhas ao colocar DIU.
“Dados como volume, duração e presença de cólicas são fundamentais”, informa Anelise.
“Se a mulher deseja diminuir seu fluxo e as cólicas ou fazer uma reposição hormonal, por exemplo, o ideal é escolher um DIU hormonal. Se a carga hormonal não é uma preocupação e o desejo é uma maior duração, o DIU não hormonal é o candidato”.
Lembrando que existem opções que duram entre três e dez anos.
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Como é o processo de colocar DIU?
Primeiro de tudo, a paciente deve se consultar com um ginecologista para ver qual o melhor método para o seu corpo e se pode realmente colocar o DIU.
“Normalmente pedimos uma ecografia transvaginal e um exame de gravidez antes”, comenta a ginecologista.
O procedimento é feito em consultório médico e pode ser realizado com uma anestesia local no colo do útero para diminuir o desconforto. Segundo a ginecologista, em casos bem especiais a paciente vai ao centro cirúrgico com sedação.
“Para colocar o DIU, na maioria das vezes, pedimos para a mulher estar no período menstrual (apesar de não ser obrigatório), pois facilita o processo, é menos doloroso e temos certeza que ela não está grávida”, orienta Anelise.
Após a colocação a paciente pode voltar às atividades habituais sem problemas.
Existem contraindicações?
Existem pessoas que não podem usar o DIU. As contraindicações mais frequentes são pessoas que têm alguma malformação ou alteração de formato do útero, como:
- útero bicorno
- infecções pélvicas recentes ou ativas.
Colocar DIU dói?
Quanto à dor, depende. Os corpos são diferentes, portanto possuem adaptações próprias, bem como, alguns são mais sensíveis à dor que outros.
“Adolescentes e mulheres que ainda não tiveram filhos e que desejam a contracepção de longa duração também são ótimas candidatas. E com tantas opções, vão encontrar o seu DIU ideal”, finaliza Anelise.
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