Grande volume de informações publicadas, juntamente com boatos e fake news, geram a pandemia de informações
Quando surgiu, ainda no final de 2019, começo de 2020, o novo coronavírus se espalhou de maneira veloz. Além de gerar a crise sanitária, o Sars-Cov-2 foi responsável por um outro fenômeno: a pandemia de informações.
Segundo Denise Basow, médica e CEO de Efetividade Clínica da Wolters Kluwer Health, explica que essa situação é decorrente do cenário do começo da pandemia.
“As equipes de cuidados na linha de frente estavam desesperadas para encontrar diretrizes mais recentes para tratar o fluxo de pacientes que passavam por seus departamentos de emergência. Mas, muitas vezes também se deparavam com informações incorretas que poderiam prejudicar seus pacientes”, cita.
A demanda era grande, também, por parte dos pacientes, de acordo com a executiva.
“Eles se esforçaram para entender em quais fontes de informação podiam confiar”, recorda ela.
Essa questão chamou a atenção das entidades de saúde. OMS identificou esse dilúvio de informações como um potencial problema. Esse excesso, incluindo também as informações falsas ou enganosas, pode causar confusão e comportamentos de risco que podem prejudicar a saúde. Especialmente durante um surto de uma doença, como estamos vivendo. Outro efeito colateral indesejado é a desconfiança nas autoridades de saúde, que pode ser gerada.
Como combater a pandemia de informações
Para Desine Basow, algumas ações podem ser tomadas para mitigar ocorrências futuras:
Considerar o que as comunidades de médicos e pacientes têm a dizer:
A ideia é ver quais são suas dúvidas e preocupações específicas.
Esclarecer para essas comunidades os fatos:
Dessa maneira elas podem avaliar as situações com maior precisão
Promover uma compreensão ampla da capacidade da Internet de produzir informações boas e ruins:
O intuito é construir resiliência à desinformação.
Fornecer ferramentas que capacitem as comunidades a agir:
Aqui, devem ser incluídas instruções sobre como distinguir o que é fato e o que é ficção e tudo o que for indefinido.
“Todos devem ter acesso a informações baseadas em evidências que informam suas decisões e a tecnologia deve ajudar a facilitar, e não impedir, esse acesso. Podemos e devemos aprender com a pandemia de informações sobre a COVID-19 para melhorar a resposta futura da saúde pública”, finaliza a executiva
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