Guarapuava Imunizada: a vacina chegou!

Campanhas, como a Guarapuava Imunizada, já começam a imunizar primeiros grupos ao redor do mundo, a Mais Saúde traz esse especial esclarecendo as dúvidas que ainda permanecem

Por de trás da máscara, do brilho das luzes das câmeras refletidas na lente dos óculos e das expectativas de todo mundo um país, apenas uma expressão era possível de ser reconhecida: satisfação. A dona do sorriso, que certamente se escondia por baixo de todos os acessórios, segurava firmemente um cartão de vacinação, provavelmente um dos mais importantes de sua vida. Uma frase naquele papel esverdeado saltava aos olhos da nação “Campanha contra a Covid-19”.

A portadora de tal documento é a enfermeira intensivista Mônica Calazans, de 54 anos. Ela ficou conhecida no dia 17 de janeiro por ser a primeira brasileira a receber a vacina contra o novo coronavírus. Em 14 de fevereiro veio a segunda dose, já que ela recebeu a CoronaVac, administrada em duas aplicações. Em entrevista ao canal de televisão fechada, CNN, a profissional que atuou durante 2020 na linha de frente do combate a pandemia confessa estar se sentido aliviada.

“Nós profissionais podemos trabalhar mais tranquilos agora, mas isso não nos dá o direito de deixar de usar máscara e demais equipamentos de proteção”, lembra a enfermeira Mônica Calazans, primeira vacinada no país.

O fato é importante não só para ela, mas para todo o Brasil, já que marca o pontapé inicial da campanha de vacinação mais aguardada da história recente. Enquanto todos esperam compartilhar do mesmo alívio de Mônica, algumas dúvidas ainda pairam no ar. A Mais Saúde preparou esse especial para explicar as principais questões que envolvem a imunização.

Guarapuava Imunizada

Desde 19 de janeiro, quando a enfermeira e coordenadora da Clínica da Mulher, Sueli Martins Ribeiro, de 52 anos de idade, tomou a primeira dose administrada na cidade, já foram 12.936 pessoas vacinadas, até o 29 de março. Para o Dr. Hiagor Silva, Chefe da Vigilância Epidemiológica e uma das pessoas por trás da Guarapuava Imunizada, o balanço até agora é positivo. “A campanha tem sido muito eficiente na logística de distribuição e aplicação das vacinas”, relata.

As aplicações estão sendo feitas em uma central montada na praça Cândido Xavier, em frente à prefeitura. A estrutura permite acolher um grande fluxo de pessoas em sistema drive-thru e nas tendas. Há também o atendimento especial em domicilio feito a idosos acamados que estão no público alvo.

Ainda não se tem ideia de quanto tempo irá levar para que a campanha seja concluída, já que, como lembra Hiagor, o ritmo da vacina depende do Ministério da Saúde, responsável pela aquisição dos insumos. Em nosso município, em um cenário ideal em que exista vacina para todos, a capacidade de atendimento é 700 pessoas por dia.

Vacinas aplicadas por aqui

Até o momento, os esforços de vacinação no Brasil incluem lotes da CoronaVac, que tem os insumos importados e a produção feito pelo Instituto Butantã e da AstraZeneca/Universidade de Oxford, que estão sob a responsabilidade da Fio Cruz, no Rio de Janeiro. Ao munícipio já foram enviados quatro lotes de cada um dos imunizadores.
Hiagor explica que a principal diferença entre as duas é o tempo de espera para cada uma das doses. “Enquanto na primeira, CoronaVac, a indicação é para cerca de um mês depois, na segunda, Oxford, são três meses para a pessoa voltar a ser vacinada”, conta.

Onde encontrar mais informações

Em Guarapuava, os principais canais de comunicação são o site e as redes sociais da Prefeitura, que recebem diariamente informações da campanha, como orientações e a faixa de público que está sendo vacinado no momento. Dúvidas pontuais a respeito da vacinação podem ser esclarecidas por mensagem de WhatsApp, pelo número 42 9 8425-8171 ou pelo 0800 do Call Center, 0800 642 0019, opção 3.

Amanhã você confere a segunda parte dessa reportagem especial aqui no site a Mais Saúde.