O diabetes é uma doença endócrina, caracterizada pelo aumento da glicose nas células sanguíneas. Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com o diabetes, número que representa 6,9% da população
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina, é um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o corpo humano precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.
Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto e se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
De acordo com a nutricionista Lis Anne Bonardi Fermino (CRN 8/8456), a açúcar não é o único vilão nos casos de diabetes. Outros excessos, como o de fast food, produtos industrializados, carboidratos simples (como o pão branco), sedentarismo e os hábitos de vida em geral também são os vilões do diabetes.
Existem alguns tipos de diabetes, como:
Diabetes Tipo 1: em alguns casos, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. E, como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença;
Diabetes Tipo 2: aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz ou não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e outros medicamentos para controlar a glicose;
Diabetes Gestacional: durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue;
Pré-Diabetes: você já imaginou se o corpo humano contasse com um sistema de alarme que dispara quando o risco de desenvolver uma doença aumenta? Não seria essa, uma boa chance de mudar o seu futuro? A maioria das pessoas não sabe o que é pré-diabetes. Uma pesquisa feita pela SBD, apontou que apenas 30% dos pacientes tinham informações sobre essa condição. Cerca de 50% dos pacientes nesse estágio “pré” vão desenvolver a doença. O pré-diabetes é especialmente importante por ser a única etapa que ainda pode ser revertida ou mesmo que permite retardar a evolução para o diabetes e suas complicações;
“Estamos em uma época em que muitas pessoas estão pensando mais em sua saúde, cuidando mais da alimentação, praticando exercícios físicos, tentando hábitos de vida mais saudáveis. Porém, ainda há uma grande parte totalmente sedentária, com uma alimentação rica em fast food, açúcar, frituras, industrializado, ficando mais obesos e suscetíveis ao diabetes Tipo 2”, ressalta Lis Anne.
O diabetes é uma doença silenciosa e o mau controle pode levar à alta taxa de glicose circulando pelo sangue, provocando danos em órgãos como os rins, além de poder levar à amputação de membros inferiores e causar cegueira. “Além disso, pacientes com hiperglicemia são mais suscetíveis a ataques cardíacos ou derrames”, diz a nutricionista.
Para os diabéticos, a nutricionista sugere cuidados como:
- Alimentação equilibrada;
- Praticar exercícios físicos;
- Crie momentos para relaxar;
- Cuide da pele;
- Faça exames de rotina pelo menos a cada três meses;
- Beba água;
- Tenha boas noites de sono.