Estima-se que pelo menos 2,6 bilhões de pessoas foram colocadas sob alguma forma de quarentena em março. Isso representa um terço da população mundial
Segundo alguns estudiosos, especialistas em trauma, estamos vivenciando nesse confinamento o maior experimento psicológico da raça humana. Nem comparado a outras pandemias do passado houve um prolongamento tão grandioso como esse.
E porque fala-se em experimento? Porque não sabemos ao certo ainda, como as pessoas vão reagir, não temos um modelo, ainda mais a longo prazo.
Pode haver muitos obstáculos para a saúde mental daqueles que passaram ou enfrentaram a doença nas suas mais diversas formas, desde os sintomáticos leves, internados em unidades de terapia intensiva ou ainda com perdas de entes queridos.
Não somente para os adultos, mas também nossas crianças têm apresentado comportamentos alterados frente a tantas mudanças nas suas rotinas. Como por exemplo sem ir a escola, sem poder encontrar e abraçar seus coleguinhas, professoras, avós e avôs, adaptações as aulas online, a ansiedade e o stress vem a tona e comportamentos como certa irritabilidade, agressividade, falta de sono, aumento ou diminuição do apetite, vem sendo comum.
Contudo, pode-se observar oportunidades de aproximação das famílias nucleares, resgates de momentos muitas vezes deixados de lado pela correria do dia a dia, com mais tempo em casa, muitos pais puderam ter a chance desse convívio e resignificaram também seus comportamentos e atitudes.
Temos falado muito em desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, empatia, entre outros mas a resiliência tem sido a chave para esse desafio. Uma pessoa resiliente é aquela que é capaz de responder ao stress e às pressões diárias com flexibilidade, habilidade e serenidade. É ser capaz de seguir sua jornada sem perder o controle, mesmo quando tudo parece dar errado. Entendo ser um momento oportuno para no conhecermos melhor, treinarmos ou aprendermos novas formas de se comportar e agir, buscando melhor qualidade de vida para nós mesmos e consequentemente para as pessoas que nos cercam.
Entrar em contato com nossas emoções e poder dar significado a elas nos fará crescer.
Mesmo sabendo que os desafios são enormes e diários às vezes não conseguimos dar conta dessas emoções sozinhos e alguns sentimentos podem nos paralisar. Ou seja, nos impedem de levar a vida como gostaríamos, nesses casos é hora de buscar ajuda psicológica especializada.
Giselle Mattos Leão Filha
Psicóloga (CRP-08/09364)
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