A fisioterapia atua na prevenção do problema e garante ser aliada no processo natural da
menopausa
Com o passar dos anos, tanto homens como as mulheres, desenvolvem a perda óssea.
Porém, a queda nos níveis de estrogênio nas mulheres que estão no período da menopausa
acelera, fazendo os ossos ficarem fracos e, consequentemente, ocasionando problemas, como o rompimento dos tendões e fraturas.
Assim como as demais áreas da saúde, a fisioterapia se divide em especialidades. A
pélvica, por exemplo, auxilia na melhora da força muscular da musculatura do assoalho
pélvico (MAP), prevenindo ou tratando a incontinência urinária de esforço que irá melhorar a coordenação dessa musculatura, como também ajudará na vascularização local, diminuindo o ressecamento da mucosa, ocasionado pela baixa do estrogênio, afirma a fisioterapeuta especializada em Fisioterapia Pélvica, Uroginecologia e Sexualidade Funcional, Jéssica Rickli (Crefito 8 256154-F).
Muitas mulheres que entram nesse período queixam-se de ressecamento da mucosa e
de enfraquecimento muscular. “Observamos infecção urinária recorrente, incontinência
urinária de esforço (quando ocorre a perda de urina ao erguer peso, tossir, pular, dar risada e outros) e prolapso de órgãos pélvicos (quando a bexiga ou útero ‘cai’), como também alguns problemas sexuais decorrentes do ressecamento e do enfraquecimento (flatos vaginais, sensação de vagina larga, falta de lubrificação, baixa libido e outros)”, alerta a fisioterapeuta para os sintomas.
Tratamentos
Após uma avaliação do paciente para identificar a raiz de suas queixas, é
desenvolvido um protocolo individual para o tratamento, no qual são realizados exercícios
com o objetivo de melhorar a força da musculatura pélvica e também sua circulação
sanguínea (contribuindo na questão do ressecamento da mucosa vaginal). “Alguns recursos
terapêuticos podem ser utilizados, como os cones vaginais e a eletroterapia, além da
cinesioterapia e terapia manual. Dependendo das disfunções encontradas, o tratamento
ocorrerá de forma multidisciplinar com o ginecologista e o endocrinologista”, destaca Jéssica.
Quando o assunto é saúde da mulher, a fisioterapia pélvica é uma grande aliada, pois
não trabalha apenas na reabilitação de disfunções, como também na prevenção das mesmas.
Por isso, quanto antes a mulher desfrutar dos benefícios, melhor desempenho sua musculatura terá e melhor será a sua qualidade de vida, pois se ela já tem o hábito de fazer os exercícios pélvicos e tem consciência de seu corpo, os sintomas da menopausa são minimizados, sendo observados de uma maneira mais branda.
Segundo Jéssica, o resultado dos tratamentos varia de pessoa para pessoa. Porém, de
maneira geral, é esperado uma melhora da qualidade de vida dessa mulher, pois ela terá uma musculatura forte e consciente, tendo independência no seu cotidiano, sem ser refém do uso de absorventes diários ou paninhos para evitar a perda urinária e o mau odor que a mesma causa. “Além de melhorar o desconforto causado, o seu desempenho sexual será melhor, pois terá uma boa lubrificação e uma maior percepção muscular, como também a melhora na autoestima”, diz Jéssica.
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