O uso de antidepressivos deve estar sempre acompanhado por um profissional, que indicará qual o melhor psicofármaco e dosagem para cada situação
Antidepressivos são drogas que aumentam o tônus psíquico melhorando o humor e, consequentemente, a psicomotricidade de maneira geral. Porém, esses medicamentos são considerados fortes e, por isso, as pessoas que fazem uso deles precisam ter em mente que é necessário consumir de maneira responsável. De acordo com a psicóloga Anne Karoline Ferreira (CRP 08/22467), o primeiro passo é buscar ajuda profissional. “O uso do mesmo deve estar acompanhado de um profissional capacitado, ou seja, um médico, para avaliar dosagem, troca e avanços, por inúmeros motivos. Uma delas por exemplo, são os efeitos colaterais que a medicação pode acarretar, como perda ou aumento de peso, inibição ou crescimento do apetite, sonolência, redução do rendimento nas atividades cotidianas, taquicardia, entre outros. Por isso, em nenhuma hipótese o sujeito deve iniciar a medicação por conta própria, aumentar seu uso ou retirar os mesmos sem aviso prévio do profissional”, ressalta a psicóloga sobre os perigos de automedicar-se.
O uso dos antidepressivos se faz necessário em casos de auxílio ao indivíduo, não devendo ser a única “válvula de escape”. “O sujeito deve buscar outras maneiras acompanhadas da medicação para recuperar sua autoestima, qualidade de vida e objetivos para sua vida. A psicoterapia, aprender novos hobbies e esportes, planejar metas e objetivos podem ser recursos válidos que auxiliem na depressão, juntamente com a medicação”, reforça Anne.
Como perceber que o uso de antidepressivo não é mais necessário?
De acordo com Anne, o uso da medicação gera alterações fisiológicas no corpo e não deve ser retirado sem acompanhamento médico. A pessoa pode e deve questionar o seu médico sobre o tempo de uso, mudança de medicamento caso não se adapte aquele que está usando e se for o caso de suspensão, o profissional é quem deve avaliar a possibilidade da retirada gradativa, troca ou interrupção.
O papel da família nesse processo é muito importante. Ela deve ser a fonte de diálogo e apoio para o paciente. “Dessa maneira, a compreensão e interesse devem ser as melhores estratégias da família. Auxiliar na administração da medicação caso observem que está sendo feito de forma inadequada, com exageros ou então a negação do uso. Caso seja percebido qualquer disfunção, acompanhar nas consultas auxiliam tanto paciente quanto família para entendimento e busca de estratégias para o caso”, afirma a profissional.
Uso indevido de medicação
Muitas pessoas usam antidepressivos de maneira incorreta, podendo inclusive gerar dependência psíquica ou orgânica. O uso exagerado pode colocar em risco a vida do sujeito. Se bem utilizada, a medicação auxilia muito em casos não somente os de depressão (antidepressivos), mas outros diagnósticos, como bipolaridade (antidepressivos e ou antipsicóticos), esquizofrenia (antipsicóticos) e transtornos de ansiedade (ansiolíticos), entre outros. Mas, para isso, o diagnóstico deve ser fechado e avaliado por um médico e acompanhado por uma equipe multidisciplinar que varia de acordo com o caso.