Em setembro, é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. Te ajudamos a esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto
Atualmente, quase 34 mil pessoas estão na fila de transplante no Brasil e a maior demanda é por um rim. Em segundo lugar, está a córnea, com cerca de 9,5 mil pacientes na lista. Segundo levantamentos do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), a taxa de transplantes renais não cresce há sete anos, sendo a maior causa da não concretização da doação de órgãos de potenciais doadores a recusa familiar, que foi de 39% entre janeiro e março deste ano.
Assim, a doação de órgãos, seja proveniente de doador em vida ou após a morte, é algo ainda muito polêmico e considerado um tabu na sociedade. Por isso, o ideal é ter conhecimento sobre esse procedimento e, principalmente, promover um diálogo com os familiares caso haja o desejo de ser um doador.
Quem pode doar?
- Qualquer pessoa é doadora em potencial;
- Em doadores falecidos, é feita uma avaliação para verificar quais órgãos e tecidos podem ser doados;
- Em doadores vivos, o médico avaliará se não há riscos ao doador e também se há compatibilidade com a pessoa que receberá o órgão.
Quais órgãos podem ser doados?
- Após morte cerebral: coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele, ossos e tendões;
- Em vida: a doação só pode ser feita para cônjuges ou parentes. É possível doar um dos rins, partes do fígado, da medula óssea ou do pulmão sem que a saúde do doador seja prejudicada.
Quero doar os meus órgãos quando morrer. O que tenho de fazer?
Atualmente, a lei brasileira de transplantes exige o consentimento de parentes para a retirada de órgãos. Por isso, é fundamental conversar com a sua família sobre esse desejo.
Como os órgãos são retirados? O corpo pode ser velado?
- Os órgãos doados são retirados por médicos em um centro cirúrgico;
- Depois da cirurgia, o corpo é recomposto por meio de vários procedimentos;
- O caixão não precisa ser lacrado e o corpo pode ser velado normalmente.
Quem recebe os órgãos doados?
Há uma lista de espera com as pessoas que precisam de um órgão para transplante. Pacientes com maior risco de morte têm prioridade. A posição nessa lista também considera o tempo de espera e a compatibilidade entre o doador e o receptor.
Outro critério que é levado em conta é a localização geográfica porque é preciso transportar os órgãos e eles têm um prazo de duração fora do corpo.
Fonte: Fenix Nefrologia