Em seu estágio inicial, é uma doença silenciosa e que não apresenta sintomas
O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Ainda segundo o órgão, cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem após os 65 anos de idade.
Diversos fatores podem desencadear a doença, mas algumas das principais causas são: idade, ascendência (indivíduos de ascendência africana apresentam maior risco), obesidade, tabagismo e histórico familiar. “Se o indivíduo possui parente de primeiro grau com câncer de próstata o risco é mais do que duplicado em relação à população em geral”, ressalta o oncologista Anderson Fadel (CRM PR 17775).
Contudo, segundo o oncologista, é necessário frisar que um fator de risco afeta a chance de adquirir determinada doença, mas não necessariamente faz com que ela seja efetivamente desenvolvida. “Ter um fator de risco ou mesmo vários, não significa que você vai ter a doença. Muitas pessoas que contraem a doença podem não estar sujeitas a nenhum fator de risco conhecido. Se uma pessoa com câncer de próstata tem algum fator de risco, muitas vezes é muito difícil saber o quanto esse fator pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença.”, explica.
“Para a maioria dos homens, recomenda-se que os exames de prevenção comecem a ser feitos aos 50 anos, e que sejam repetidos anualmente. Para os indivíduos negros e para aqueles com parentes de primeiro grau com história de câncer de próstata (pai e irmãos), os exames são indicados a partir dos 40 anos de idade”, alerta o Dr. Anderson.
Em um estágio mais avançado, o câncer de próstata pode provocar alguns sintomas, como micção frequente, jato urinário fraco ou interrompido, impotência, vontade de urinar frequentemente a noite, sangue no líquido seminal e dor ou ardor durante a micção. Quando em estágio inicial, é assintomático e, por isso, seu diagnóstico pode ser mais difícil. “Por isso a importância dos exames de rotina, principalmente em pacientes de alto risco, como os que apresentam histórico familiar”, aconselha o médico. Os exames de diagnóstico precoce devem ser realizados anualmente e incluem a dosagem do PSA – antígenos específicos da próstata – e toque retal.