Com o passar dos anos, a população brasileira está cada vez mais idosa, aponta pesquisa
O Brasil está entrando em uma nova configuração de perfil demográfico. Isso porque, a queda nas taxas de natalidade e de mortalidade indicam que menos pessoas nascem. Em contrapartida, menos pessoas morrem. Isso é um indicativo que sinaliza que as pessoas vivem mais e, consequentemente, haverá mais pessoas na terceira idade.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018, a expectativa de vida dos brasileiros alcançou a maior média da história. A longevidade chegou aos 76 anos. De acordo com a médica geriatra Analice Valente, esse foi um salto de 22 anos em relação ao que era registrado na década de 1960, onde a média chegava aos 54 anos.
Até 2060, a população com mais de 60 anos atingirá cerca de 32% do total de habitantes. Um crescimento significativo, já que atualmente, essa parcela da população atinge cerca de 13,5%. Nesse período, acredita-se que a expectativa de vida será de 81 anos.
Mas, será que a terceira idade pode ser chamada de melhor idade? O acesso à saúde, ao longo dos anos melhorou, mas está longe de ser ideal, segundo à geriatra. “Foram grandes os avanços da medicina ao longo dos 100 últimos anos, como o uso de antibióticos, por exemplo, avanços na reavaliação de diagnósticos precoce de doenças como o câncer e as cardíacas, utilização de vacinas, tratamentos medicamentosos e doenças crônicas como diabetes e hipertensão, são fatores que contribuíram para a longevidade”, explica.
Por mais que as coisas tenham melhorado no século XXI, muitas pessoas chegam na terceira idade com doenças e debilidades funcionais. No entanto, é possível viver com saúde na terceira idade e tirar de uma vez por todas esse estigma de sofrimento que ela possui.
De fato, o tempo passa e com ele algumas mudanças acontecem. Afinal, o corpo passa por um processo natural de envelhecimento, mas isso não quer dizer que a velhice tenha que ser necessariamente sofrida e dolorosa. Com alguns cuidados, é possível aproveitar o que essa fase tem de melhor e dar um exemplo de saúde e disposição.
Mantenha-se ocupado: o ócio é um dos maiores motivos de depressão e tristeza na terceira idade. Se antes a vida era agitada por causa do trabalho, da família e dos compromissos sociais, o idoso, de repente se vê com muito tempo livre e, na maioria das vezes, sem saber como lidar com isso.
Pratique atividades físicas: é benéfica para a saúde em todos os aspectos e em qualquer idade. Na terceira idade, algumas atividades interessantes como, ajudar a quem precisa, ensinar algo, participar de grupos com interesses em comum, dedicar-se a um hobby e outras atividades do seu interesse.
Exercite seu cérebro: o aprendizado oferece ao cérebro a possibilidade de se renovar e, na terceira idade, isso é fundamental, principalmente do ponto de vista cognitivo. Portanto, independentemente da idade, ele precisa ser estimulado, já que tem capacidade de estabelecer novas conexões através de estímulos.
Durma bem: durante o sono, o corpo realiza funções importantes para que a saúde fique em dia. E, a longo prazo, dormir mal causa um impacto negativo nas funções metabólicas e endócrinas, trazendo sérias complicações como ansiedade, falhas de memórias dificuldade de perder peso, pressão alta e indisposição.
Cuide da saúde emocional: ter uma vida emocional saudável é fundamental para se ter qualidade de vida. Na terceira idade, essa regra é ainda mais importante, pois os idosos passam por mudanças no campo físico e social. Por isso, bons relacionamentos familiais e em outros contextos, estão relacionados a longevidade, pois o fruto dessas emoções nocivas ou construtivas é de acordo com a natureza delas.
Faça exames periódicos: em nenhuma idade a saúde pode ser colocada em segundo plano. No entanto, na terceira idade, é imprescindível avalia-la periodicamente. Portanto, mesmo que você faça atividades físicas, tenha uma alimentação equilibrada e esteja em dia com as dicas, faça exames regularmente para se certificar de que tudo está bem.
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